PM foi baleado durante confusão (Foto: Site Chicosabetudo) |
A apreensão por parte da Polícia Militar de um aparelho de som usado em festas de “paredão”, que há semanas incomodava moradores do Conjunto Habitacional João Paulo II, em Jeremoabo, no Nordeste baiano, levou à morte um membro da PM, na noite desta quinta-feira (2).
O policial José Bomfim Lima, 39 anos, foi assassinado por ciganos durante uma troca de tiros. Há uma semana, ele havia apreendido, junto com outros policiais, o som do carro de um dos ciganos, após denúncias de moradores.
Ao saberem que o PM estava de folga em um bar na noite desta quinta, três ciganos foram ao estabelecimento tirar satisfação sobre a apreensão.
Testemunhas relataram à polícia que o soldado, que estava armado, disse aos ciganos que tinha feito apenas o trabalho dele, e que era para os mesmos buscarem as medidas administrativas para liberação do som.
Porém, eles entraram numa discussão e os ciganos seguraram o policial e tomaram a arma dele, uma pistola ponto 40. Revoltado, o PM foi em casa, buscou um revólver 38 e voltou para o bar, iniciando o tiroteio.
A polícia foi acionada pela família do PM quando este foi até a residência buscar a outra arma. Quando chegou ao bar, o tiroteio ainda estava ocorrendo. O PM morreu após ser baleado no tórax.
Os ciganos fugiram do local do crime, mas foram localizados por outros policiais em uma estrada de chão, perto de Jeremoabo. Houve outra troca de tiros e dois ciganos de prenomes Donizete e Vinícius foram baleados, morrendo horas depois em um hospital da cidade.
Outros quatro ciganos que não portavam documentos de identificação foram presos na cidade vizinha de Euclides da Cunha, para onde tinham fugido. Eles estão detidos na carceragem da 18ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), em Paulo Afonso.
Segundo informações da delegada Mirela Ventura, coordenadora da 18ª Coorpin, além da pistola do PM, os ciganos estavam com pistolas 380 e um revólver calibre 38. Cerca de R$ 18 mil também foram apreendidos com o grupo.
“Eles eram todos conhecidos e moravam no mesmo bairro. Os ciganos ficaram muito revoltados por causa da apreensão do som”, disse a delegada, segundo a qual os ciganos não tinham ainda advogado constituído.
O soldado José Bomfim Lima trabalhava na PM há 14 anos e deixa esposa e um filho. O corpo dele será sepultado neste sábado (4) em Jeremoabo, em horário não divulgado. Informações do Correio.