A TV Globo foi fundada com aporte financeiro internacional do grupo de comunicação americano Times|Life |
Por Sérgio Jones*
A origem do mal nos meios de comunicação de massa no Brasil diferentemente do que muitos acreditam ou imaginam, este se manifestou e estabeleceu o seu império com Chateaubriand (Diários Associados) que no seu auge chegou a possuir 36 emissoras de rádio, 34 jornais e 18 canais de televisão, formando um grande oligopólio.
Dando sequência as ações da formação dos oligopólios no Brasil, na década de 60 aconteceu através de acordos realizados entre a TV Globo e o grupo estadunidense Time/Life o embrião dos oligopólios que atualmente dominam o cenário dos meios de comunicação, e tanto mal a vem causando ao povo. A “Famiglia” Marinho atualmente, dono das Organizações Globo, detém o controle de 17 emissoras de TV e 20 de rádio. Transitando visivelmente na contramão do que determina o Código Brasileiro de Telecomunicação que prevê que uma entidade ou pessoa física não pode ter participação acionária em mais de dez emissoras de TV em todo o território nacional, sendo no máximo cinco em VHF.
Entretanto, a Rede Globo não é a única que burla o dispositivo legal. As “Famiglias” Sirostky (Grupo (RBS), Abravanel (SBT), Saad (Bandeirantes) e Câmara (Grupo Anhanguera) e mais recentemente a Record, conglomerado de mídia brasileiro que é formada principalmente pela Record TV, Record News e R7. Está é a organização com o maior número de emissoras próprias e a segunda do mercado publicitário, tendo como proprietário o bispo Edir Macedo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Todas também ultrapassam os limites permitidos por lei. Usando como artifício, para driblar o controle excessivo de empresas de comunicação registrando empresas em nome de pessoas de confiança, os famosos “testas de Ferro”.
A partir desta deplorável constatação de monopolização que ocorre nos meios de comunicação em nível não só brasileiro, mas mundial é que nos anos 70 surgiu uma importante iniciativa de caráter internacional visando à democratização da comunicação. Mas pelo visto, até o presente momento, o movimento visando à democratização da comunicação, tendo como palco a UNESCO, não se obteve resultados práticos.
O que nos deixa diante deste quadro desalentador, cada vez mais vulneráveis às investidas destes órgãos de comunicações que se concentram em mãos de uma reduzida casta de grupos conservadores e retrógrados. Grupos estes que depõem, perigosamente, contra os reais e legítimos interesses dos meios de comunicação de massa. Por serem estes órgãos elementos de divulgação ideológica, mas também como produto de uma indústria lucrativa.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)