Imagem: Ilustrativa |
Por Sérgio Jones*
Às vezes me questiono sobre qual a verdadeira motivação que conduz a humanidade a aderir um modelo de sistema econômico tão iníquo quanto o capitalismo. E o mais incrível é que o apoio recebido por este tipo de modelo econômico parte justamente da classe oprimida, significativa maioria, que sofre na pele as mais variadas injustiças sociais: falta de empregos, de segurança, educação, saúde, moradia, entre outros tipos de mazelas sociais. O pivô central de toda esta brutalidade é reforçado pela concentração de renda, obtida por uma reduzida minoria de privilegiados. Na qual se promove o enriquecimento de poucos, enquanto gera o empobrecimento de muitos.
Grosso modo, e de maneira bastante simplificada, podemos definir o modelo de sistema econômico capitalista em que os meios de produção e distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos. O que se pode deduzir que tal definição deixa de fora, e em total exclusão, as questões sociais. Estas que deveriam ser prioridades acabam sendo preterida pela avidez e a ganância de poucos, na busca desenfreada e insana pelo lucro.
Os defensores deste sistema apontam como vantagens deste modelo o intenso estímulo da produtividade o que resulta na maior produção da economia com custos relativamente baixos, o que permite a elevação de seus lucros que serão reinvestidos, gerando riquezas crescentes. Este sistema como “qualidade” promover e incentivar a individualidade e inovação.
Em contrapartida, as desvantagens são inúmeras, o aumento da produtividade faz com que a classe patronal busque maior desempenho de suas empresas, além de poderem adotar outras medidas como a redução dos custos, o que resulta em uma exploração desumana do homem, que passa a ter a sua dignidade violada. O baixo nível de educação e cultura não permite que estes trabalhadores compreendam a sua real dimensão de explorados. Situação em que acaba se transformando em uma equação perversa: os ricos se tornam cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)
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