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Por Sérgio Jones*
Mesmo considerando o fato de que o Brasil atravessa uma recessão das mais violentas registradas em nossa curta história. O que corresponde quase três anos de queda da produção industrial, diminuição da renda e elevação do desemprego. O governo tirânico do Temer concedeu graciosamente o perdão de R$ 25 bilhões de impostos devidos ao Itaú. Enquanto o lucro líquido dos quatro grupos dos maiores bancos do país teve um crescimento de 10,4% no 3º trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2016.
Segundo aponta estudos realizados pela empresa Economatica, a soma de apenas três bancos Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander correspondentes ao período entre julho e setembro, alcançou R$ 13,6 bilhões ante R$ 12,3 bilhões no mesmo período do ano passado. O maior lucro foi o do Itaú Unibanco, que chegou a R$ 6,077 bilhões. Destes três bancos, dois são privados, um estrangeiro.
Bancos privados não cumprem sua função
Os bancos privados no Brasil não cumprem suas funções ao não realizarem empréstimos, funções estas que na ‘praxis’ deveria ser a razão de suas existências. Segundo especialistas ligados ao setor, os bancos privados representam apenas em torno de 10% do crédito disponível, não intermedeiam os programas sociais do governo e empregam apenas 30% dos bancários. Além de remunerarem os seus funcionários com salários que correspondem a 86% dos salários dos trabalhadores dos bancos públicos.
Este tem sido o quadro em todo o país: os bancos permanecem totalmente descolados da situação econômica geral. O cenário esdrúxulo exposto deixa transparecer de forma cristalina, que existe algo de podre no reino, que não é da Dinamarca, deixando exalar um ar mal cheiroso e pútrido. Esta insustentabilidade ocorre quando se permite que o ouro seja entregue ao bandido, a partir do momento em que delegamos raposas para tomar conta do galinheiro.
Sérgio Jones, jornalista* (sergiojones@live.com)
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