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O advogado baiano Luiz Gama foi declarado patrono da abolição da escravidão do Brasil, através da Lei 13.629/18. A lei foi sancionada pelo presidente Michel Temer e publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (17). O nome do abolicionista também será inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, como previsto na Lei 13.628/18. Luiz Gama nasceu em 21 de julho de 1830, em Salvador. Ele libertou mais de 500 escravos no Brasil através da Justiça. Apesar de ter nascido livre, foi vendido como escravo pelo pai aos 10 anos para pagamento de dívida de jogo.
Ele atuava como rábula, exercendo a advocacia sem ter o título, o que era permitido naquela época. Morreu em 24 de agosto de 1882, antes de a abolição ser concretizada. Em 2015, 133 anos após sua morte, ele foi reconhecido como advogado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Luiz Gama era filho da africana Luísa Mahin, uma das líderes da Revolta dos Malês, com um fidalgo branco de origem portuguesa. O pai, que era de família rica, por conta de jogos de azar, faliu.
Luiz foi vendido como escravo depois que sua mãe foi exilada por motivos políticos. Foi embarcado num navio com diversos outros escravos contrabandeados para o Rio de Janeiro e São Paulo. Ele foi comprado por um alferes que o ensinou a ler e escrever. Por saber que era filho de mãe livre, Luiz Gama fugiu. Em 1859, começou a escrever poesias satíricas e inaugurou a imprensa humorística paulistana ao fundar o jornal “Diabo Coxo”. Sua principal obra foi “Primeiras trovas burlescas de Getulino”, de 1859. Ele frequentou o curso de direito como ouvinte, e assim iniciou suas ações contra a escravidão. (Bahia Notícias).