Foto: Divulgação / SSP |
A mulher Aparecida Teles de Almeida, 47 anos, morreu após ser espancada pelo marido, Valdeir da Silva, 53, no município de Itamaraju, no sul da Bahia. Esposa e marido estavam junto há quatro anos, mas desde o início do relacionamento Aparecida era agredida por Valdeir.
De acordo com a delegada Rosângela Sousa ao Correio, o homem possuía quatro registros por agressões e até já havia sido foi preso, mas saiu depois que a vítima pagou sua fiança.
“Valdeir foi preso e ela já tinha pedido medida protetiva, mas ela pagou fiança para ele. Foram várias denúncias aqui”, contou a delegada. Parentes de Aparecida também chegaram a denunciar os ataques do marido a esposa, no entanto, Valdeir negava essas agressões. O acusado chegava a dizer que as lesões eram causadas por quedas.
Em um boletim, Aparecida chegou a declarar que tinha vontade de separar, mas que era ameaçada pelo companheiro. De acordo com a polícia, o casal era usuário de crack e costumava exagerar nas bebidas alcoólicas. Ela teria começado a usar drogas quando ainda era casada com o ex-marido, de quem teve três filhas. Na última vez que a mulher apareceu na delegacia foi em novembro passado.
“Eles chegaram a se afastar por um tempo, mas depois voltaram. Quando a mãe dela morreu, eles invadiram a casa da família e passaram a morar juntos”, relata Rosângela Souza.
A delegada só ficou sabendo do crime porque o médico, Welson Jorge Rocha, do Hospital de Itamaraju, ligou para a delegacia, informando que Aparecida estava internada com sinais de espancamento. O marido, que também estava no local fazendo uma visita, foi levado para a delegacia. Valdeir alegou que a mulher tinha começado a passar mal no dia 15 de janeiro. Segundo ele, a vítima estava fraca e já teria desmaiado ao levantar da cama. Por conta da enfermidade, alegou ele, a esposa teria caído e tropeçado em uma mesa de centro. O homem levou a mulher ao hospital, na manhã do dia seguinte, mas ela voltou pra casa.
“Ele é psicopata. As mulheres estão sendo agredidas e não fazem nada. Isso precisa mudar”, defendeu a delegada. Valdeir da Silva irá responder por feminicídio após a morte da vítima.