Foto: Divulgação | Polícia Civil |
A Vara do Júri de Feira de Santana decretou, na última sexta-feira (23), a prisão temporária do terceiro suspeito de envolvimento na morte da adolescente Bruna Santana Mendes, 16 anos, que foi encontrada morta dentro de um saco em fevereiro deste ano, no bairro Jardim Cruzeiro, em Feira de Santana.
Segundo o delegado Fabrício Linard, titular da Delegacia de Homicídios, Everton Rosa de Oliveira, 24 anos, está foragido. Ele foi ouvido na delegacia, liberado, e durante a apuração das informações passadas por ele, a polícia suspeitou que o mesmo estaria escondendo os fatos e o delegado representou pela prisão temporária do mesmo.
Com o mandado em mãos, os policiais foram à casa dele, mas não o encontraram. Seus pertences também não estavam na residência.
“Cumprimos mandado de busca e apreensão na casa dele ontem (28), no intuito de localizá-lo e recolher alguns objetos, mas não foi possível porque ele e seus pertences não foram encontrados. Fizemos o monitoramento, desde sexta-feira, e ele não foi mais visto na cidade, nos pontos onde tivemos ciência de que ele circulava. Everton agora figura na qualidade de procurado pela polícia, foragido da justiça”, disse o delegado ao Acorda Cidade.
Ainda segundo o delegado, a prisão dele tem prazo de 30 dias como teve os outros dois suspeitos, podendo este prazo ser prorrogado.
A suspeita
O delegado informou ao Acorda Cidade que quando prestou depoimento, Everton disse que estava com os outros dois suspeitos no dia do desaparecimento de Bruna, e que ele apareceu em uma das imagens das câmeras de segurança analisadas. Além disso, o terceiro suspeito teria contado que passou a madrugada com uma garota de 17 anos, que não confirmou sua versão ao ser ouvida pelo delegado na presença da mãe.
“Quando ele foi ouvido, ele confirmou que esteve, na noite do desaparecimento da garota, em companhia dos outros dois que estão presos, e teriam saído em seu veículo com ambos e fumado maconha em um posto de combustíveis próximo a residência dos mesmos e retornado. Lá os deixou, segundo sua versão, e teria pegado uma garota com quem ficou até às 2h da manhã aproximadamente, e logo em seguida a deixou em casa e foi para sua residência. Este questionamento foi feito porque imagens de algumas câmeras do bairro o flagraram passando na rua onde Bruna desapareceu por volta de 1h45 da manhã, e buscamos averiguar. Na semana seguinte, a defesa dele apresentou uma suposta testemunha, uma garota que estaria com ele naquela noite. A princípio ela confirmou muito estranhamente e disse que não tinha celular - uma informação semelhante a dele. Esta é uma forma de omitir informações preciosas. Aparelho celular hoje informa muito sobre nossas vidas. Pelo fato de a garota ter 17 anos de idade, eu exigi que a mesma fosse ouvida na presença da mãe porque eu sabia que uma mãe não iria permitir que sua filha se envolvesse numa trama como esta. Foi dito e feito. Quando a ouvimos, ela nos confirmou que teria sido comprada, que teria uma vantagem, digamos assim, caso confirmasse que estivesse com ele naquela madrugada em uma casa, em que estivessem apenas os dois, ou seja, uma informação que só os dois pudessem confirmar”, relatou Fabrício Linard.
Diante da situação, o delegado representou pela prisão temporária e manteve a postura de resguardar as informações para não atrapalhar nas investigações e o suspeito fugir, mas Everton concluiu que diante da descoberta da polícia seria preso e até o momento não foi localizado.
“Após termos desvendado essa falsa testemunha Everton deve ter concluído que sua prisão era questão de tempo e fugiu. Ficou comprovado que ele estando solto, estava tentando atrapalhar as investigações e criando provas que não trazem à verdade dos fatos para a investigação”, concluiu.
O delegado pede que quem tiver informações que ajudem a polícia a encontrá-lo pode ligar para 181. A denúncia é anônima. Informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade