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A advogada Taíse Bertoncello, de 24 anos, passou mal e sofreu uma parada cardíaca durante uma corrida de rua noturna, na cidade de Cuiabá, no último sábado (17).
Taíse foi amparada por companheiros atletas e socorrida por uma equipe do SAMU, ainda com vida. Ela cumpriu cinco dos sete quilômetros da corrida.
A jovem morreu no interior da ambulância do SAMU, antes de chegar à unidade de saúde. Apesar da condição atlética, ela não resistiu ao mau súbito, mesmo recebendo o socorro médico.
Apesar de casos como o da jovem não serem comuns, é preciso cuidado para evitar que aconteça, de acordo com Guilherme Sangirardi, cardiologista pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). "Na população em geral, a morte súbita está muito relacionada à doença coronária, na qual há acúmulo de placas nas artérias, limitando o fluxo de sangue para o coração. No entanto, quando falamos de jovens com menos de 35 anos que praticam exercício, esse quadro muda e a doença mais responsável pela morte súbita se torna a cardiomiopatia hipertrófica", explica.
Segundo o cardiologista do esporte Carlos Alberto Cyrillo Sellera, da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), nessa doença os músculos cardíacos se tornam espessos e bem maiores do que os da população em geral, dificultando o bombeamento do sangue pelo coração. O esforço físico é um gatilho e pode desencadear arritmias potencialmente fatais. A doença, no entanto, é pouco comum e afeta cerca de 0,2% da população em geral (400 mil brasileiros). Informações Viva Bem UOL.