Lula nos braço do povo - Foto: Francisco Proner / Farpa Fotocoletivo |
Por Sérgio Jones*
Eis a diferença do homem que pensa e faz acontecer. Ao contrário de seus algozes e refratários adversários, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um dos seus mais belos e comoventes discursos, realizado logo após o ato ecumênico em homenagem a Marisa Letícia, demonstrou a sua disposição de se entregar o que no Brasil nos acostumamos, erroneamente, de chamar de justiça. Pode até ser justiça, mas com certeza não é do povo voltada para o povo. E sim de representantes de uma oligarquia que perdeu o seu contexto histórico, decrépita, uma velha senhora prostituída que insiste em se apresentar como uma espécie de Madonna.
Em um dos célebres parágrafos, momento que ficará registrado nos anais da história política brasileira, Lula sentenciou com uma precisão concisa e cirúrgica de quem transpira a política: "Não adianta tentar acabar com as minhas ideias, elas já estão pairando no ar e não tem como prendê-las. Não adianta parar o meu sonho, porque quando eu parar de sonhar, eu sonharei pela cabeça de vocês e pelos sonhos de vocês... Eu não sou um ser humano, sou uma ideia misturada com a ideia de vocês".
Uma ideia de vocês inscrita, como Lula muito bem expressou, impregnada nas consciências de milhões de brasileiros. Com isso, mais uma vez, o ex-presidente conseguiu, como alguém disse em um determinado momento, transcender sua singularidade e sua condição de membro de um partido e inclusive de candidato.
Ao dar por concluídas as suas sábias e memoráveis palavras, o Pelé da política brasileira em uma arrojada e precisa jogada de demonstração de apoio e compromisso com a nação abraçou aos candidatos a presidente como ele, Bulos e Manuela. Ambos um modelo de político que luta por uma sociedade mais justa e igualitária para todos. Desvinculados do ranço fétido de uma burguesia de proxenetas que se locupleta às custas do suor e do trabalho de todo um povo que se encontra espalhados por esta terra dadivosa, que se torna inglória devido ações bestiais de um pequeno grupo que conduz o país à corda curta, objetivando obter cada vez mais privilégios. Brasil, pai de poucos e padrasto de muitos. Parafraseando o grande filósofo alemão Johann Goethe: “Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor”. Lula, você é o cara!
*Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)