Fotos: Aldo Matos | Acorda Cidade |
Familiares do policial militar Elielson Nascimento de Souza de 38 anos, que foi morto durante uma ação da Rondesp Leste no dia 4 de abril na Rua Tupinambá, no bairro Mangabeira em Feira de Santana, realizaram na tarde desta segunda-feira (7) na sede do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL) em Feira de Santana uma manifestação para cobrar esclarecimentos sobre o fato.
Imagens de câmeras de segurança do local do crime, registraram uma perseguição envolvendo a Rondesp Leste e o policial. Segundo a Polícia Civil, os policiais que estavam na ação alegaram que atiraram sem saber que Elielson era policial militar e a perseguição começou porque ele teria resistido a abordagem.
Joane Nascimento, prima de Elielson declarou que até o momento a família só tem as informações que foram divulgadas pela mídia. Por isso, decidiram se reunir e ir até ao CPRL pedir esclarecimentos para o coronel Luziel Andrade, comandante do CPRL.
“Queremos cobrar justiça, cobrar que seja feita realmente a justiça que não haja nenhum tipo de favorecimento nessa investigação. Nós queremos a verdade dos fatos e nós acreditamos que Elielson morreu inocentemente. Mais de 30 dias se passaram e a Polícia Militar e Polícia Civil estão investigando. Até o momento nenhuma resposta a família foi dada. Foi dito que as investigações estão andando e o que nós sabemos é apenas o que a mídia informa e os vídeos que das câmeras que divulgaram. É só isso que sabemos”, disse.
O coronel Luziel Andrade conversou com os familiares e lamentou mais uma vez o fato. Ele afirmou que entende a dor da família e que o caso está sob a responsabilidade da corregedoria e do comando geral em Salvador. Ele salientou que a PM não vai ocultar nada e o objetivo é esclarecer os fatos. Além disso, o coronel se colocou a disposição para qualquer tipo de informação ou esclarecimento que possa ser dado para os familiares.
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“Existe um prazo legal para apurar e não adianta a gente dizer que pode antecipar. Não é como a gente quer. As providências estão sendo tomadas, perícias foram feitas, o comandante geral designou um oficial de Salvador para vir apurar o fato e aí ele está já em processo de apuração. Se quiserem saber de alguma coisa podem vir aqui. Agora temos que aguardar os prazos legais, eu atendo todos os dias. Não me nego de dar satisfação e se quiserem ir a corregedoria de Salvador é um direito, a PM não vai se omitir de apurar os fatos”, acrescentou.
Os familiares de Elielson solicitaram que os policiais militares envolvidos na ação da Rondesp fossem afastados. O coronel Luziel relatou que somente o presidente do inquérito pode decidir em relação a isso. Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.