Foto: Reprodução | Aldo Matos |
Foi liberado por volta das 16h30 desta quinta-feira (3), através de um alvará de soltura concedido pela juíza titular da vara do júri de Feira de Santana, Márcia Simões Costa, Everton Rosa de Oliveira, o terceiro suspeito de envolvimento na morte da adolescente Bruna Santana Mendes, de 16 anos. Natural de Serra Preta, ela desapareceu em fevereiro deste ano após sair do Shopping Boulevard e foi encontrada morta três dias depois dentro de sacos de ração animal em um terreno baldio localizado no bairro Jardim Cruzeiro.
Everton estava cumprindo a prisão temporária de 30 dias e o prazo finalizou ontem. Ele foi posto em liberdade nesta quinta feira e segundo o advogado constituído pela defesa Joari Wagner, mesmo em liberdade, seu cliente continuará a disposição da polícia pra prestar qualquer esclarecimento ou prova pericial que dependa dele.
“A gente não trata de ser inocente ou culpado. As investigações podem continuar conforme a decisão da autoridade policial e ele está tranquilo e aguardando. Ele diz que não conhecia a vítima e isso está sendo provado com a elucidação do inquérito policial. Chegará até as pessoas reais que tem envolvimento”, observou.
Joari frisou que além de Everton Rosa de Oliveira, Deividson Jorge dos Santos, 18 anos e Eric Pereira Maciel, 20 anos negam participação no crime. Eles também são considerados suspeitos de envolvimento no homicídio, já cumpriram 60 dias de prisão temporária e estão soltos.
Ele relatou que a polícia aguarda o resultado do exame de DNA para incluir ao inquérito. A demora para o resultado deste exame se dá porque o sistema processual é um pouco moroso e há muitos processos na fila.
O delegado Fabricio Linard comentou sobre a liberação de Everton e para ele a função da prisão foi cumprida. Ele explicou que a prisão teve um cunho processual para facilitar as investigações.
“Nos condiciona a trabalhar de uma forma que ele não atrapalhasse os autos investigatórios. Da forma que ele estava se comportando querendo criar álibis, forjar testemunhas atrapalhava. Essa prisão dele por esses 30 dias teve o intuito de facilitar a nossa investigação e foi cumprido tem um prazo de 30 dias. E diante da liberação dos outros dois suspeitos que ficaram presos por 60 dias e não havia mais sentido ser prorrogada em virtude da soltura dos outros dois. No momento estamos no aguardo de algumas provas técnicas. Dentre elas um exame de DNA para ver se nos esclarecem de alguma forma”, acrescentou.
O delegado enfatizou que a postura de Everton por orientação técnica da defesa sempre foi de negar a participação no assassinato de Bruna. No entanto, ele acredita que se o suspeito não tivesse envolvimento no crime não teria a necessidade de inventar um álibi, levar uma testemunha para mentir a seu favor, além de mudar a versão dos fatos.
“As investigações continuam e vamos desenvolver outros autos investigatórios. Se o exame der positivo para os três, não temos mais dúvida. Não tem mais o que de discutir ai o Ministério Público vai avaliar a necessidade deles responderem o processo presos ou não”, concluiu.
Everton Rosa revelou que sente-se com a alma limpa após ser solto. Ele contou ao Acorda Cidade que apesar dos dias difíceis que passou não perdeu a crença em Deus e enfatizou que não tem participação na morte de Bruna.
“Não tenho nada a ver com esse crime bárbaro. É difícil ser preso por algo que você não fez. Eu não tenho nada a temer, Bruna não entrou no meu carro nem viva e nem morta. Tenho certeza e convicção disso. Sou inocente e estou com a consciência tranquila. Jesus está o tempo todo comigo”, declarou. Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.