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Nos sete primeiros meses deste ano, foram notificados 6.515 casos suspeitos de dengue, 2.717 de chikungunya e 818 casos suspeitos de zika na Bahia, segundo dados do último boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Já na capital, entre janeiro e agosto, 1.097 casos de dengue foram notificados.
Em relação à chikungunya, o registro foi de 55 notificações, enquanto o número de pacientes com suspeita de zika vírus chegou a 51.
Com a chegada da primavera, o clima fica mais quente e úmido, favorecendo a proliferação dos focos do mosquito Aedes aegypti, vetor dessas três doenças. O alerta é da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que inicia na segunda quinzena de novembro a campanha anual de combate ao mosquito na cidade. A ação vai prosseguir durante todo o verão e só termina no Carnaval.
De acordo com Isolina Miguez, gerente das arboviroses do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), o trabalho de combate ao mosquito é feito o ano todo, com 1,7 mil agentes distribuídos pela cidade, mas se intensifica entre a primavera e o verão. Isolina Miguez explica que neste período da primavera a população precisa redobrar a atenção, pois as chuvas típicas da estação e a elevação da temperatura aumentam a velocidade de desenvolvimento do mosquito.
Miguez revela que atualmente o CCZ está realizando o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), que deve ficar pronto mês que vem.
O estudo apontará as áreas da cidade com maior índice de infestação. A partir do daí, a prefeitura dará início as estratégias da operação verão, com os tradicionais “faxinados” para eliminar focos e criadouros dos vetores.
“O verão é a estação mais propícia para o desenvolvimento do mosquito. Os ovos podem ficar até 365 dias no local seco só esperando água para virarem larvas”, alertou a especialista.
A gerente das arboviroses do CCZ também pontuou que a maioria dos focos de mosquitos são encontrados no interior das residências, por isso a importância de cada morador fazer a inspeção em sua casa, bem como permitir que o agente entre na residência para tratar ou eliminar possíveis criadouros. Essa é uma dificuldade encontrada pelos agentes, que são barrados, porque muitos moradores não permitem o acesso, alegando questões de segurança.
Isolina pontua que a região do subúrbio ferroviário é a que possui o maior índice de infestação de Aedes aegypti, justamente porque a localidade sofre com o desabastecimento de água e muitos moradores fazem reservatórios inadequados, normalmente sem tampa.
Ter o hábito de observar ao longo da rua possíveis pontos de acúmulo de água, como pneus, copos plásticos e garrafas, também contribui para a redução dos índices de infestação, segundo Isolina.
Fonte: Tribuna da Bahia
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