Foto: Divulgação/Curitiba |
O inquérito sobre a morte do jogador Daniel Correa foi concluído na tarde desta quarta-feira (21) pelo delegado Amadeu Trevisan, da Delegacia de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O documento, que indicia sete pessoas pelo crime, foi entregue ao Ministério Público, que agora deve fazer a denúncia.
Daniel foi achado morto em uma estrada de terra no dia 27 de outubro.
Os sete indiciados são os suspeitos que já estão presos - Edison Brittes, Cristiana Brittes, Allana Brittes, Eduardo da Silva, David da Silva, Ygor King e Eduardo Purkote. Os sete suspeitos foram indiciados por diferentes crimes, sendo homicídio qualificado, fraude processual, ocultação de cadáver, lesões graves e coação de testemunhas. Somadas, as penas passam de 40 anos de prisão.
O empresário Edison, que confessou a morte de Daniel, foi considerado o principal responsável pelo crime. Ele alegou que matou Daniel porque ele tentou estuprar sua mulher durante a festa que ocorria na casa da família. De acordo com o delegado, a versão é falsa. “Ninguém na casa ouviu os gritos de uma mulher sendo estuprada, o que seria normal, natural de uma reação feminina diante de uma agressão dessa natureza", diz Amadeu.
O delegado afirma que Daniel teve uma morte lenta e foi vítima de tortura. “Daniel ouviu sua sentença de morte dentro do porta-malas do carro”, diz. “Daniel morreu aos poucos. Ele começou apanhando no quarto, ele apanha na calçada e, quando falo isso é bastante tortura, tanto que ele se afoga no sangue quando é levado para o carro.
Depois foi pelo menos mais uma hora até chegar ao local onde ele foi esquartejado e decepado”, acrescenta.
A investigação mostra que pelo menos quatro pessoas saíram da casa onde acontecia a festa, após o espancamento, sabendo que Edison tinha, pelo menos, a intenção de decepar o pênis do jogador.
"Foram pelo menos quatro pessoas espancando uma pessoa pequena, um atleta, e embriagado”.
Durante a investigação, 21 pessoas foram ouvidas pela polícia, incluindo os suspeitos. O Ministério Público pediu sigilo ao relatório final. Laudos do IML que estão previstos para ficar prontos na próxima quinta-feira (22), devem ser anexados ao processo.