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Ao longo dos 20 quilômetros da Avenida Aliomar Baleeiro, conhecida como Estrada Velha do Aeroporto, a implantação de dezenas de quebra-molas surpreende os motoristas pela falta de sinalização horizontal e vertical. Como se não bastassem os riscos e danos nos veículos, os pedestres não contam com a visibilidade das faixas de segurança, que em vários locais estão apagadas.
- “Quando a gente vê, já só sente o solavanco no carro, pois à noite não há qualquer indicativo”, diz a professora aposentada, Josineide Braga, se referindo ao trecho entre a entrada para o Estádio Barradão e o bairro de Sete de Abril, onde existem cinco quebra-molas num espaço de pouco mais de 500 metros.
Defronte ao condomínio Girassóis, na entrada de Sete de Abril, a faixa de pedestre foi apagada e não mais recuperada, o que dificulta a travessia de pessoas, mesmo problema que existe no centro da cidade, na saída da Estação do Metrô, em Brotas, e noi Largo da Sete Portas, defronte à feira e mercado do mesmo nome.
Em nota, a Transalvador, através da Gerência de Sinalização, informa que o trabalho de recuperação é feito diariamente em várias áreas da cidade, e que trabalha em função das demandas de cada local. Segundo a autarquia municipal, o trabalho de reforço nas sinalizações horizontal e vertical é constante, uma vez que porque sempre é necessário renovar a pintura de faixas de pedestres e quebra-molas, e reposição de peças de sinalização vertical, por conta do vandalismo.
Segundo a Gerência de Sinalização, além das solicitações feitas pela população, pelo Fala Salvador (156), aplicativo NOA Cidadão ou na sede da Transalvador, no Vale dos Barris, são realizadas também vistorias pelas equipes nas ruas . “Toda a sinalização é colocada em posição e condições que a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a noite, em distância compatível com a segurança do trânsito, conforme normas e especificações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran)”, diz a nota emitida pela Assessoria de Comunicação da Transalvador.
Segurança – Na rua Genaro de Carvalho, na subida da ladeira, no bairro de Castelo Branco, os motoristas são surpreendidos com a colocação de um quebra mola na via de mão dupla, que não está sinalizado horizontalmente.
Um pouco mais adiante, defronte a um templo evangélico e próximo a um ponto de ônibus, a faixa elevada de pedestre também está com a pintura apagada. Não existem placas de sinalização vertical.
A Transalvador informou que de janeiro a setembro deste ano, foram pintadas 570 faixas de pedestres e feitas a instalação de 343 redutores de velocidade, além da além da colocação de 1.539 placas de sinalização vertical e 1.743 banners indicativo de educação do trânsito. Este ano já foram investidos, segundo a Transalvador, R$ 4.036.549,19 no trabalho de sinalização das vias da cidade.
O superintendente da Tansalvador, Fabrízzio Muller, explicou que existem três frentes de trabalho para a manutenção e colocação de sinalização vertical e horizontal em toda a cidade. “As demandas são grandes,pois a cidade possui centenas de vias, mas, principalmente, porque mal a gente está terminando um trabalho e já surgem necessidades de refazer outros”, disse. Segundo ele, essas equipes só podem trabalhar à noite e em períodos sem chuva, para que não atrapalhe o fluxo de tráfego durante o dia.
Este ano os tyranbalhos já foram realizados nos bairros da Pituba, Jardim das Margaridas, Stella Maris, Periperi, Itacaranha, Imbuí, Nazaré, Barbalho, São Marcos, Pau da Lima, Paripe, Caminho das Árvores, Graça, Cajazeiras e Castelo Branco. Atualmente as equipes estão trabalhando em Itapagipe, não só nas vias principais mas também nos bairros da região, assim como em Stella Mares.
A sinalização vertical (colocação de placas e banners) e horizontal (faixa de pedestres, pinturas de ciclofaixa, de rampas em faixa elevada, eixo, bordo, setas, zebrado, tachões e de redutores) são feitas de forma que a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a noite, em distância compatível com a segurança do trânsito, conforme normas e especificações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Arrecadação – No ano passado a Transalvador arrecadou R$ 94.555.057,49 em multas, leilões de veículos apreendidos, estacionamentos e outros serviços, dos quais a maior parte dos recursos veio da arrecadação de multas de trânsito. Por lei, conforme determina o Código Brasileiro de Trânsito, no seu Artigo 320, a receita arrecadada com a cobrança das multas deverá ser aplicada, de maneira exclusiva, em sinalização, engenharia de tráfego e campo, policiamento, fiscalização e educação. Ainda conforme o CTB, cinco por cento do valor arrecadado com as multas de trânsito deverão ser depositados, mensalmente, no Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (FUNSET).
Fonte: Tribuna da Bahia