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Gabriel Bispo dos Santos, suspeito preso pelo roubo seguido de morte de Michel Batista de Sá, em Salvador, foi apresentado à imprensa na manhã desta sexta-feira (23), na sede da Polícia Civil, no bairro da Piedade, na capital baiana.
O rapaz foi preso na segunda-feira (19), no estado de Santa Catarina e transferido para a Bahia na quinta-feira (22). Michel foi morto a tiros no dia 16 de agosto, após ser torturado durante a negociação da venda de um carro. O corpo dele foi encontrado atrás de um shopping de Salvador na manhã do dia seguinte ao crime.
Michel era assessor da Diretoria de Relacionamento e Atendimento da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb).
De acordo com o delegado Élvio Brandão, que investiga o caso, as provas apontam que Gabriel matou Michel.
Um sapato do suspeito foi achado na casa dele, em Salvador, sujo de sangue da vítima.Em depoimento, o suspeito nega que tenha torturado e matado Michel. Disse apenas que estava no local do crime, mas não revelou à polícia quem teria atirado na vítima.
A Polícia Civil informou que não descarta a possibilidade da participação de outras pessoas, mas apontou que as investigações continuam e, com a prisão de Gabriel, alguns questionamentos do inquérito podem ser respondidos."Temos a certeza da participação dele. Ele confessou que estava lá, temos provas, mas a chegada de Gabriel não finda o inquérito. A polícia investiga a participação de outras pessoas", contou o delegado Elvio Brandão.
O delegado Delmar Bittencourt, que também participa das investigações disse que ainda não há detalhes do que motivou Gabriel a cometer o crime.
"A parte da motivação não está concluída. Agora, com a prisão, vamos entender o que ocorreu. Vamos fazer a reprodução dos fatos semana que vem", explicou Delmar.
A polícia informou, ainda, que descartou a participação do motorista rodoviário Luciano Pinho da Silva, que foi preso por suspeita de envolvimento na morte de Michel. Conforme o delegado Delmar Bittencourt, Luciano teve a prisão temporária expedida após a polícia descobrir que Gabriel dirigiu um carro no dia do crime que estava em nome do rodoviário. Segundo as investigações, o carro de Luciano foi vendido, mas ele não havia feito a transferência.
Depois que a polícia teve conhecimento do caso e que ouviu testemunhas, além confirmar os álibis dados por Luciano, o motorista foi excluído do processo e não é mais suspeito.
Fonte: G1