Foto: Marcos Ribolli |
O futuro presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), causou polêmica e virou meme nas redes sociais na última semana após prestar continência em dois momentos para civis: primeiro, no Rio de Janeiro, na quarta-feira, durante visita do Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, assessor do presidente norte-americano, Donald Trump, e, depois, no domingo, ao repetir o gesto ao jogador Felipe Melo, do Palmeiras, após a vitória do time sobre o Vitória, em São Paulo.
A partida fez parte da última rodada do Campeonato Brasileiro. Bolsonaro é palmeirense.
Nas Forças Armadas, prestar continência é uma saudação, representando um sinal de respeito a pessoas ou a símbolos nacionais, como a bandeira, e também a diversas autoridades, como presidente e vice-presidente da República, presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF), além de ministros de estado e representantes de governos estrangeiros.
Ela deve ser feita em pé, com a movimentação da mão direita em direção à cabeça, com a palma da mão virada para baixo. O cumprimento também é usado pelas polícias e bombeiros militares.
O decreto 2.243, de junho de 1997, assinado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, explica que, pela continência, “o militar manifesta respeito e apreço aos seus superiores, pares e subordinados”. Segundo militares e especialistas ouvidos pelo G1, não significa submissão.
Pelo regulamento, “a continência parte sempre do militar de menor precedência hierárquica” e, quando “ocorrer dúvida sobre qual seja o de menor precedência, deve ser executada simultaneamente”. “Todo militar deve, obrigatoriamente, retribuir a continência que lhe é prestada”.