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A chegada do verão é caracterizada pelo aumento da umidade, devido à maior ocorrência de chuvas e temperaturas elevadas. Essas características são propícias para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito que transmite doenças como dengue, zika e chikungunya. Além disso, o tempo de formação do mosquito diminui no verão, caindo quase pela metade – o que facilita o aumento dos casos.
Recentemente, o Ministério da Saúde fez a entrega de mil caminhonetes a diferentes regiões do País, como força efetiva no combate ao mosquito, no atual cenário de risco dos municípios.
Foram investidos R$ 109,4 milhões na aquisição dos veículos.
Com essas caminhonetes, estados e municípios podem acoplar os equipamentos necessários às ações locais de ‘fumacê’, que é a aplicação de inseticida em áreas de risco.
“A partir de 2016 o governo federal vem ampliando os recursos destinados a prevenção e combate ao mosquito Aedes, o que tem impulsionado o aumento da participação dos municípios no Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (Liraa). São investimentos em repelentes, orientações, pesquisas e na oferta de veículos”, destacou o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
Atualmente, 47% dos municípios brasileiros estão em alerta ou risco de surto para dengue, zika e chikungunya.
Houve queda no índice de alerta e risco em relação aos dados divulgados em junho, quando 60% das cidades estavam nesta condição.
Se considerarmos apenas a Bahia, são 255 cidades nessa situação. Desse total, 186 estão em alerta, incluindo a capital do estado, e 69 em risco de surto dessas doenças. Outras 162 cidades estão em situação satisfatória.
Além de Salvador, as outras capitais com índices que levam a estados de alerta são: Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Porto Velho (RO), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), São Luís (MA), Belém (PA), Vitória (ES), Manaus (AM), Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF).
Até 3 de dezembro deste ano, foram notificados 241 mil casos de dengue em todo o País, um pequeno aumento em relação ao mesmo período de 2017.
Chikungunya e zika, por sua vez, apresentaram redução de 54% e 53%, respectivamente, no número de casos, no mesmo período.
A melhor forma de prevenção das doenças causadas pelo inseto é justamente evitando a proliferação do mosquito, o que pode ser feito ao eliminar situações em que a água possa ficar armazenada, tornando possível a formação de criadouros, como em vasos de plantas, áreas de acúmulo de água, pneus descartados, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafa.
Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia – quando os mosquitos são mais ativos – dão alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante as épocas de surto. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo-se as instruções do rótulo.
O Instituto Butantan e a farmacêutica Merck fizeram um acordo para desenvolver uma vacina contra o vírus da dengue. As duas instituições irão compartilhar dados clínicos e outros aprendizados de seus programas de pesquisa de desenvolvimento de uma vacina para combater doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
A vacina desenvolvida pelo Butantan está na última fase de testes em seres humanos, com 17 mil voluntários em todo o País.
Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, “ao compartilhar dados de nossos programas de desenvolvimento de vacinas em andamento, o Instituto Butantan e a Merck estão mais bem posicionados para atingir nossa meta de reduzir o significativo impacto humano e econômico do vírus da dengue no Brasil e no mundo”, diz ele.
Fonte: A Tarde