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Nove mortes foram confirmadas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais até o início da manhã deste sábado (26/1), em decorrência da tragédia de Brumadinho, que aconteceu nessa sexta-feira (25/1). Já o número de desaparecidos pode chegar até 355 pessoas. Cerca de 100 militares trabalham no local, de acordo com informações do jornal Estado de Minas.
A maior parte deles, quase 90, voltam-se aos trabalhos na zona quente, nas atividades de busca e salvamento. Os outros oficiais se dedicam à área de inteligência. À publicação, o porta-voz dos bombeiros que acompanhou os trabalhos, tenente Pedro Aihara, disse que os desaparecidos estão distribuídos da seguinte forma: entre 100 e 150 pessoas estavam na área administrativa da Vale; cerca de 30 na Vila Fértico, um pequeno vilarejo próximo; aproximadamente 35 hóspedes e funcionários da Pousada Nova Estância; e entre 100 e 140 atingidos na região do Parque das Cachoeiras.
Outras 189 já foram resgatadas durante as tarefas. Há ainda, mais de 20 pessoas feridas sendo assistidas em cinco hospitais da região.
O presidente da Sociedade Brasileira de Geologia, o geólogo Fábio Braz Machado, levantou a hipótese de que uma combinação de pequenos tremores de terra e problemas na conservação das barragens pode ter sido a raiz do desastre.
“A região de Minas Gerais estava tendo [nos últimos dias] pequenos tremores entre a ordem de 2 e 3 na escala Richter”, afirmou, em entrevista ao portal Uol. Machado ainda não tinha tido acesso à atividade sismográfica da região até essa sexta-feira, mas diz que as atividades sísmicas costumam reverberar nos dias seguintes.
“São pequenos tremores que, dentro de uma situação de fratura pré-existente, podem ter desencadeado a queda da barragem”, disse o geólogo. Ou seja, não causariam o rompimento caso as barragens estivessem em perfeitas condições.
Ainda de acordo com Fábio, eventos sísmicos acontecem com frequência no Brasil, embora não sejam perceptíveis. Para ele, a fundação da barragem (estrutura responsável por suportar depósitos de rejeitos de minério) tem que ser pensada “de forma minuciosa”, para que esses pequenos tremores não provoquem um desabamento.
Fonte: Voz da Bahia