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Com o ingresso do PSC no grupo de partidos que apóiam a reeleição de Rodrigo Maia (DEM) à presidência da Câmara dos Deputados, o projeto do parlamentar carioca parece cada vez mais sedimentado, tendo como suporte, inclusive, parcela considerável do PSL do presidente Jair Bolsonaro, apesar da oposição aberta dos filhos da principal liderança do partido aos seus planos.
Na Bahia, quem tem feito parte da torcida pela reeleição do democrata é o prefeito de Salvador, ACM Neto, cujas relações de amizade com Maia são conhecidas. Aliás, no governo estadual se diz que o governador Rui Costa (PT) não tem gostado de saber que o PT pode apoiar Maia exatamente por saber que isso fortalece Neto.
Virou motivo de piada - e estridente - a declaração atribuída ao deputado estadual eleito Robinson Almeida (PT) de que pretende disputar a indicação no partido para candidato a prefeito de Salvador em 2020.
Petistas procuraram a coluna para dizer que o colega não se emenda nem cansa de tentar se opor ao projeto do governador Rui Costa de vencer a disputa na capital baiana com alguém de seu grupo no ano que vem.
Outra piada pronta foi a declaração da ministra das Mulheres e Direitos Humanos, Damares Alves, dizendo que finalmente no país meninos vestirão azul e meninas, rosa. As redes sociais continuaram bombando em torno da fala da ministra, que foi defendida pelo filho político mais novo de Bolsonaro, Carlos, vereador no Rio de Janeiro que serviu de escudo humano para o pai no dia da posse.
Aliás, Damares Alves saiu-se muito mal em sua participação ontem na Central da Política, programa de entrevistas com um grupo de jornalistas da Globo News, no qual não conseguiu apresentar respostas convincentes e mesmo profundas para quase nenhuma das perguntas. Ainda mostrou sua fragilidade ao buscar estabelecer uma empatia com Merval Pereira, ao dizer que gostava dele, apesar de considerá-lo "durão".
O governador Rui Costa (PT) anda se divertindo com a ansiedade que tem provocado nos colaboradores devido à demora com que anuncia a reforma em seu secretariado. Tem antecipado que, de fato, vai promover as mudanças e deseja, inclusive, que sejam profundas, mas já sinalizou que não está nada disposto a se submeter à pressão dos partidos aliados, que tem recrudescido a cada dia.
A reação negativa a um possível aumento de imposto fez o governo Jair Bolsonaro recuar e buscar outras soluções para garantir a prorrogação de incentivos fiscais para empresas do Norte e Nordeste sem descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), depois da entrevista que o presidente deu anteontem ao SBT sobre a Previdência que foi considerada catastrófica.
Fonte: Tribuna da Bahia