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Novas manifestações contra e a favor de Nicolás Maduro foram convocadas para este sábado (2) na Venezuela.
O presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, que se declarou presidente interino do país, mais uma vez irá liderar os protestos contra o presidente, a exemplo do que aconteceu na última quarta-feira.
Na sexta, ele publicou em seu perfil no Twitter uma convocação para a manifestação, dizendo que, “com o apoio da comunidade internacional amanhã # 2Feb saímos unidos à rua.
Continuamos avançando na rota que definimos”.
Con el respaldo de la comunidad internacional mañana #2Feb salimos unidos a la calle. Seguimos avanzando en la ruta que nos hemos planteado.#VamosBien Venezuela! #2FVzlaEnLaCalle pic.twitter.com/nkPdRqWViM
— February 1, 2019
Henrique Capriles, que disputou duas eleições presidenciais contra Maduro e foi proibido de disputar cargos políticos por 15 anos, também publicou uma chamada aos atos deste sábado.
“Neste 2 de fevereiro Venezuela vai às ruas! Agradecer ao apoio mundial pela nossa luta pelo fim da usurpação, por um governo de transição e por eleições livres e em apoio à nossa legítima Assembleia e ao presidente @jguaido. Que ecoe a voz dos venezuelanos!”, escreveu.
Mais uma vez, Guaidó deve tentar convencer os militares a aderirem à oposição. No dia 15 de janeiro, a Assembleia Nacional aprovou uma anistia para militares e funcionários do governo que deixarem de cumprir ordens de Maduro e apoiarem o novo governo.
As Forças Armadas Bolivarianas, porém, continuam afirmando “lealdade absoluta” ao presidente eleito, segundo o ministro da Defesa, Vladimir Padrino. Na sexta, Maduro e Padrino assistiram a exercícios militares da Guarda Nacional, em Caracas.
Na quinta-feira, um grupo de funcionários da petroleira estatal PDVSA organizou uma manifestação a favor de Maduro, também na capital venezuelana.
ara este sábado, o presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, convocou uma marcha de apoiadores do presidente.
O dia 2 de fevereiro é especial para o chavismo porque marca os 20 anos da "revolução bolivariana" fundada por Hugo Chávez.
Após praticamente um ano sem grandes protestos, os venezuelanos voltaram às ruas em 23 de janeiro para se manifestar contra o presidente Nicolás Maduro.
Foi ao final desse ato que Guaidó se declarou presidente interino do país, sendo reconhecido por diversos países – inclusive o Brasil. Maduro, entretanto, reagiu, e negou que irá deixar o poder.
"Aqui não se rende ninguém, aqui não foge ninguém. Aqui vamos à carga. Aqui vamos ao combate. E aqui vamos à vitória da paz, da vida, da democracia", disse em discurso na capital.
Fonte: G1