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Até este momento estão confirmados 110 mortos (71 deles identificados), 238 desaparecidos, 192 resgatados, 394 localizados e 108 desalojados. "Ainda estou tentando engolir. Consigo lembrar, mas é muito ruim e triste relembrar. Estava em casa com meu esposo, irmã e filhinho e, na hora em que escutei o barulho, não tinha tempo de fazer mais nada.
Quando dei por mim, já estava perto daquele lugar", contou à Ana Maria Braga. A jovem foi resgata momentos após o rompimento da barragem por Claudiney Coutinho, um funcionário que realizada a manutenção de uma linha férrea próxima do local da tragédia. Ela disse este momento foi o pior da sua vida.
"Estou muito feliz do Claudiney ter me ajudado. Ele salvou minha vida. Eu estava entendendo o que estava acontecendo, mas só o que eu queria era sair daquele lugar. Vivi o pior momento da minha vida. Estava muito cansada. Não conseguia me movimentar muito bem. Estava com dor no peito e não conseguia respirar direito", disse.
A vítima contou ainda que, uma semana após o ocorrido, ela ainda sente dor das escoriações decorrente da tragédia. Porém, para ela, o maior sofrimento é não ter notícias da família. "Estou toda cheia de escoriações. Meu nariz e osso esterno estão quebrados. Estou com dores no corpo todo.
No momento, a única coisa que eu queria era ter minha família do meu lado. A mineradora não entrou em contato com a gente até hoje. Se alguém souber do meu filho ou irmã entre em contato com a gente".
Fonte: Voz da Bahia