Imagens: Divulgação |
Por Beatriz Vieirah
A obra, intitulada “o peso da dupla/tripla jornada das trabalhadoras rurais”, da artista papajaca Dilua, está entre as selecionadas para exposição que integra o II Festival Feminista de Lisboa, que ocorrerá durante todo o mês de maio deste ano, em Portugal.
No total, foram selecionadas na chamada 20 artistas brasileiras com obras que contemplam diversidade de olhares, mas todas ligadas aos temas: “feminismos e a luta quotidiana” e “arte como ferramenta de resistência num Brasil de retrocessos”.
O Festival está em sua segunda edição, organizado de maneira independente e, por sua vez, será realizado através de financiamento coletivo.
Segundo a artista, a obra compõe a série “A força das mulheres rurais”, que a mesma produziu este ano, em sua cidade, Muritiba, localizada na região côncava do Estado baiano, “onde busco retratar um pouco da vivência, desafios e lutas cotidianas dessas mulheres que ainda sofrem com a invisibilidade social e profissional”.
As mulheres ruralistas são potencias! São à base da agricultura familiar, trabalhando na roça, em casa e na venda de seus produtos, desde criança. Mas com tanta desigualdade social, a acuidade econômica e de seu trabalho no roçado, são invisibilizadas. Estão tentando enterrá-las, mas desde a década de 1980 elas lutam organizadamente por seus direitos, buscando novos saberes e aprendizados – renovando-se.
Por meio de diversas técnicas e estilos transitados, com cunho político-artístico, Dilua busca “expressar o feminino em sua existência subjetiva e social, sempre fazendo um paralelo: mulher, corpo e natureza”.
Conheça mais sobre a artista:
https://www.behance.net/dilua
https://www.instagram.com/dilua_virada/
@dilua_virada