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Por Sérgio Jones*
A vida dá muitas voltas, talvez seja por isso que o mundo é redondo, e tem razões que a própria razão desconhece. Como já sentenciava Marx, “A história se repete pelo menos duas vezes, a primeira vez como tragédia, segunda vez como farsa”. Tragédia esta que já se faz previamente escrita nas estrelas. A eleição do demente e histriônico presidente, Jair Bolsonaro, pode ser considerada como uma espécie de aborto histórico. Momentos assim têm sido frequentes na realidade brasileira. Vale lembrar a vitória de outro presidente não menos histriônico, Collor de Mello.
O primeiro, Collor de Mello, teve um desfecho melancólico. Logo após o apoio insano recebido pela estúpida elite brasileira, que tudo fez e faz para manter vergonhosos privilégios, deu com burros n’água. O então presidente tudo fez que resultou no ato criminoso, ao libera a luz verde que deu início ao sequestro da poupança. Causando a revolta e protestos gerais. O desfecho de tamanha insanidade resultou em suicídio de muitas pessoas, tudo isso sem falar no escândalo provocado pelo famigerado PC Farias, que formava a panelinha de Collor. Resultado que culminou com o assassinato de PC. Na sequência, tudo voltou a ser como dantes, no quartel de Abrantes.
Nos dias atuais, a história volta a se repetir como farsa com a eleição de mais um pseudo “Salvador da Pátria”. O cidadão brasileiro induzido pela grande mídia golpista se deixou influenciar, mais uma vez, ao eleger o degenerado Bolsonaro para dirigir os destinos da nação brasileira.
Em pouco mais de quatro meses o governo atual se revelou no mais completo desastre que se tornou visível com grave crise política e econômica, além de denúncias de que o filho dele, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), formou quadrilha quando era deputado estadual Estes ingredientes apimentaram e vem até mesmo acelerando o desprestígio do presidente da República. Resultando na insatisfação popular. Condições ideais que fizeram com que o impeachment passe a ser uma realidade, discutido nos bastidores políticos.
"O cenário de fraqueza econômica, instabilidade política e aprofundamento das apurações contra Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fez a palavra impeachment voltar a circular nos Poderes". O que implica destacar que tal situação não tem origem em nenhum ato de conspiração, e sim de fatos reais e concretos.
Vale apenas observar que o fracasso precoce do famigerado Bolsonaro é uma possibilidade real sobre a qual há discussões intensas entre integrantes dos poderes Legislativo e Judiciário, todos temerosos do que pode ocorrer com o país na concretização dessa hipótese. Mas nada pode seu pior do que a continuação deste celerado e sua perniciosa “famiglia”, no poder.
*Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)