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O ministro da Justiça Sérgio Moro voltou a dar explicações sobre a suposta invasão hacker que teria resultado no vazamento de conversas com Deltan Dallagnol sobre o andamento da Operação Lava-Jato, publicadas em uma série do The Intercept. Em sessão na manhã desta quarta-feira (19) na CCJ Senado, o magistrado reforçou que muitos procuradores também foram hackeados e que todos foram vítimas de um “grupo criminoso organizado”.
“Não é um adolescente com espinha na cara, na frente do computador [responsável pela invasão], mas sim um grupo criminoso organizado […] É um ataque às instituições”, alegou Moro, que disse ter “ouvido muitas histórias” de jornalistas que também foram alvos dos hackers.
Desconfiado do “caráter brincalhão” do hacker nas mensagens, o ministro do governo Bolsonaro contou que o invasor teria se passado por ele e conversado ainda com uma apresentadora de TV.
Moro relatou como suspeitou de que havia algo errado com o seu aparelho celular.
Segundo o ex-juiz federal, o aparelho estava “em cima da mesa” quando recebeu uma ligação do seu próprio número. Depois, algumas pessoas o questionaram se ele havia feito telefonemas para elas, o que então teria levado a concluir que o celular havia sido “clonado”.
O magistrado, mais uma vez, garantiu que não tem mais as supostas conversas salvas no seu aparelho, e que mesmo que não enxergue nenhuma irregularidade no que foi publicado pelo The Intercept, não pode assegurar a veracidade do conteúdo.
“Não me lembro das mensagens que troquei há um mês atrás, vou me lembrar de conversa de dois, três anos atrás?”, indagou.
Sobre a série de reportagens do The Intercept, Moro novamente disse que estão “repletas de sensacionalismo” e que o “conteúdo foi exacerbado”. O chefe da pasta da Justiça reclamou de não ter sido procurado pelo veículo para que dessa sua versão sobre o fato, o que violaria uma “regra básica do jornalismo”.
Fonte: Forte na Notícia