Bahia: 1/3 população não estuda, não trabalha e não faz faculdade


Cássio tem 21 anos e precisou trancar o curso de jornalismo por conta das dificuldades financeiras
Foto: Marina Silva
A Bahia tem o segundo pior índice de adultos com ensino superior completo no Brasil. Segundo dados divulgados na ultima quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 1 em cada 10 adultos baianos (10,1%) concluiu o terceiro grau em 2018.

Com esse percentual, a Bahia ficou acima apenas do Maranhão, onde só 8,6% dos adultos terminaram a faculdade. A taxa do estado ficou abaixo da média nacional, de 16,5% das pessoas de 25 anos ou mais de idade com curso superior completo em 2018. No estado, o percentual de adultos com nível superior praticamente não mudou entre 2017 (9,9%) e 2018 (10,1%). Nesse período, o estado foi ultrapassado por Alagoas (de 8,4% em 2017 para 10,3% em 2018) e Pará (de 9,1% para 10,7%).

Aliado a isso, a Bahia tem outro dado preocupante, na avaliação de especialistas: o percentual de pessoas de 15 a 29 anos de idade que não estavam estudando e nem trabalhavam avançou pelo segundo ano consecutivo e chegou a 28,2% em 2018 – quase um milhão de pessoas nessa situação (962 mil). Para além da educação, os resultados revelados pela Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua) apontam para um futuro preocupante da juventude baiana.

Hoje, um terço da população do estado não estuda, não trabalha e ainda tem acesso limitado ao ensino superior. Ele cita os casos de Israel e Coreia do Sul, países que passaram por um ciclo curto de desenvolvimento e hoje se destacam em inovação tecnológica. “São países que têm mais de 50% da população com ensino superior. Isso é importante porque estamos vivendo grandes transformações tecnológicas e isso vai se acelerar muito nos próximos anos, a chamada sociedade 5.0, amplamente conectada.

O Brasil precisa de uma massa populacional preparada para essas transformações”, ressalta. Nogueira pontua ainda que a tecnologia está em franca expansão e não se relaciona apenas com as engenharias, mas entra em áreas como Direito, Medicina e Ciências Sociais. “Nos EUA, as Ciências Sociais já estão estudando a relação de humanos e robôs. Na Universidade de Illinois, cursos de Medicina estão sendo integrados com Engenharia”, conta.

Fonte: Noticias do Recôncavo
Postagem Anterior Próxima Postagem

نموذج الاتصال