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A mulher que deu à luz na recepção do Hospital Geral de Camaçari (HGC), na região metropolitana de Salvador, disse que o bebê nasceu vivo. O parto foi feito pelo pai da criança, segundo familiares, após demora no atendimento da paciente.
“Não deixaram eu ver minha filha, o que eu quero é justiça. Vou em frente, vamos ver o que a gente vai conseguir com isso, porque minha filha estava viva”, disse a dona de casa Aline Souza.
Em nota, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que o bebê estava morto há cerca de 3 dias e a mãe estava em processo expulsório do feto.
A dona de casa Aline Souza, de 30 anos, estava no oitavo mês de gestação. Seria o quinto filho dela. A menina ia se chamar Alice. Ela contou que sentiu dores fortes na madrugada de terça-feira (6) e pediu para o marido, que é autônomo, para levá-la ao hospital.
Aline Souza contou que o marido precisou ajudar no parto porque não houve atendimento no hospital e acusou a unidade de saúde de negligência.
“Cheguei 5H30 no hospital, fiquei na recepção até às 6h30, quando eu tive minha filha. Quando deu 7h05 apareceu uma pessoa do hospital para cortar o umbigo da minha filha. Eu só sei que quando eles foram retirar a placenta já tinha demorado muito, meu marido já tinha ido ver o atestado de óbito", contou a mãe da criança.
A mãe do bebê informou que fez o exame pré-natal no dia 31 de julho, seis dias antes da morte da filha. “Fiz [pré-natal], minha filha estava ótima, o batimento cardíaco ótimo, o peso bom e se mexendo. Estava tudo correndo sobre controle, tudo bem".
De acordo com a Sesab, Aline Souza foi "prontamente acolhida pela equipe do hospital" após a ocorrência na recepção. No entanto, o órgão não explicou o motivo da demora no atendimento.
A advogada da família Lindalva Almeida informou que vai verificar se houve omissão médica e negligência do hospital. Também disse que vai fazer uma representação no Ministério Público para a abertura do inquérito.
“A gente vai verificar a questão da omissão médica e da negligência do hospital em relação a paciente que não foi assistida como deveria. Também pretendemos fazer uma representação no Ministério Público para abrir um inquérito e verificar a situação hoje do hospital”
O caso é investigado na delegacia de Camaçari.
Fonte: G1