Foto: reprodução/Instagram/Jandaíra |
Juliana Pereira dos Reis, primeira-dama, e a sogra, Jacy Pereira de Araujo, do então prefeito de Jandaíra, Adilson Leite (MDB), município com cerca de 11 mil habitantes localizado na divisa da Bahia com o estado de Sergipe, receberam entre 2013 e 2019 recursos do Bolsa Família, programa social do Governo Federal direcionado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o País.
O programa federal busca atender famílias extremamente pobres que possuem renda mensal de até R$ 89,00 por pessoa ou em estado de pobreza que sobrevivem com valores mensais que giram entre R$ 89,01 e R$ 178,00 por indivíduo.
De acordo com o portal de transparência, o Governo Federal disponibilizou cerca de R$ 7.700 para Juliana Pereira Reis entre agosto de 2013 e março de 2019.
Já Jacy Pereira retirou aproximadamente R$ 8.400 entre janeiro de 2013 e abril de 2019. Parte dos auxílios foram repassados durante a gestão de Adilson Leite, que gere o município desde janeiro de 2017.
Dona de casa, Juliana vive em união estável com Adilson há aproximadamente três anos e possui um veículo da marca Toyota Corolla XEi ano 2018 em seu nome. Além disso, o casal mora num imóvel de luxo próximo de um ginásio esportivo da cidade.
De acordo com um documento que o VN teve acesso, o atual gestor recebe aproximadamente R$ 14 mil como salário.
Segundo fontes anônimas, a irregularidade da primeira-dama foi denunciada ao Ministério Público Federal (MPF-BA) na última sexta-feira (9) e segue sob avaliação dos desembargadores. No entanto, foi apurado pelo Varela Notícias que, em caso de comprovação da possível irregularidade, a beneficiária pode ser alvo de uma ação do MP, podendo devolver todo valor recebido.
Vítima de perseguição
O prefeito de Jandaíra, Adilson Leite, confirmou ao Varela Notícias, na tarde desta terça-feira (13), que a companheira já foi beneficiária do programa Bolsa Família antes do relacionamento, mas afirmou que o auxílio foi cancelado em 2016. Segundo o MDBista, a renovação do cadastro trata-se de uma perseguição política articulada pelos opositores.
“Ela se cadastrou e recebeu quando não nos conhecíamos, mas em 2016 foi cancelado. Quando foi em 2017, descobrimos que uma pessoa que trabalha na Prefeitura cadastrou ela, tanto que o documento não tem assinatura autorizando. Essa pessoa não é do grupo da gente. Já estou entrando com uma ação”, disse.