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Apenas três dos 417 municípios baianos possuem casas-abrigo para mulheres vítimas de violência e ameaça de morte. É o que aponta a 'Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2018: tema política para mulheres' divulgada nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Munic coletou informações das prefeituras dos 5.570 municípios brasileiros e apresenta dados acerca das áreas de recursos humanos, legislação e instrumentos de planejamento, saúde, cultura educação, assistência social, trabalho e inclusão produtiva, segurança alimentar, instrumentos de gestão migratória.
De acordo com a análise, em 2018, somente as prefeituras de Salvador, Feira de Santana e Itacaré informaram a existência dessas unidades de acolhimento. Com 0,7%, a Bahia está no menor percentual do Brasil e fica abaixo do nacional, que é de apenas 2,4%, ou seja, 134 das 5.570 cidades.
Neste mesmo ano de estudo, 68 prefeituras baianas tinham algum órgão executor de políticas para as mulheres, correspondendo a 16,3%. Porém, apenas cinco (1,2%) possuíam secretarias específicas para o tema.
No estado, as mulheres que mais possuem atendimento por ações desenvolvidas nos municípios são as negras (por 34 dos 44 que disseram realizar esse tipo de ação). As menos atendidas são as indígenas, apenas 12 municípios afirmaram fazer ações específicas para este grupo.
As três casas-abrigo existentes na Bahia, em 2018, informaram possuir capacidade de abrigar mensalmente 50 mulheres e 10 crianças. Nestes ambientes, são oferecidos atendimento psicológico (individual e coletivo), atendimento jurídico e médico. Os abrigados também eram encaminhados aos programas de emprego e geração de renda. Nenhum deles oferecia o serviço de creche para os filhos das mulheres acolhidas.
Fonte: A Tarde