Foto: Evandro Veiga/ Arquivo CORREIO |
Se você tem filhos que nasceram a partir de 2007 em Salvador, preste atenção: o vírus da dengue tipo 2, que circulou há 13 anos na capital baiana e em outras cidades do interior e gerou uma epidemia, com quadros graves da doença, voltou a circular na capital, junto com o tipo 1 – ambos também estão no interior.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os casos de dengue tipo 2 começaram a ser registrados no final do primeiro semestre, mas ainda não há informações concretas sobre quantas pessoas foram contaminadas com esse tipo de dengue.O tipo 2 do vírus se apresenta com quadros graves, com hemorragias e mortes com até 4 a 5 dias depois de a pessoa ser infectada.
Tanto pessoas que já tiveram o tipo 1 da dengue quanto quem nunca teve tipo algum da doença corre risco, caso seja contaminada com o tipo 2. De acordo com informações do DataSUS, do Ministério da Saúde, somente entre 2007 e 2017 nasceram em Salvador 403.148 pessoas – nenhuma delas teve o tipo 2 da dengue.
Mas, segundo o médico infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia, Antônio Carlos Bandeira, o que vai interferir mesmo no agravamento da doença será a forma como o sistema imunológico da pessoa infectada responderá.
“O tipo 2 dá a impressão de que consegue fazer um quadro grave maior, o indivíduo morre em 4 a 5 dias”, disse ele.
“Tudo tem a ver com o sistema imunológico da pessoa, como ela reage a partir da infecção. Quem já teve dengue 1 e tem dengue 2 a infecção é pior. Quanto mais episódios tiver, pior. Mas se já teve tipo 1 e o vírus transmitido pelo mosquito for o tipo 1, ele vai ser dissolvido no sangue, a pessoa fica imune”, afirmou Bandeira.
Fonte: Correio da Bahia