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Escritor, se corresponder a certo clichê padrão, não gosta de ir a festas, tem horror a barulho, movimento, agitação, àquele bando de gente com o controle da razão desligado.
Então por que foram inventar festa literária? Não seriam duas coisas excludentes, festa e literatura? Não importa mais saber por que; inventaram, está feito, vai ver os escritores gostavam mais de festa do que se suspeitava.
Vai ver uma festa literária não é bem festa ou tem pouco a ver com a definição de festa do senso comum. Resolvido o paradoxo, as festas literárias se multiplicaram e passaram a atrair mais público do que muitas festas outras, regadas a muita bebida e pesados decibéis.
Em Cachoeira, resolvemos o paradoxo unindo as duas coisas.
Há as mesas, as conversas entre autores, dos autores com os mediadores e o público, os leitores, e depois se pode cair na farra, os próprios escritores passeando pelas atrações por nós disponibilizadas nas ruas e palcos da cidade, comemorando junto a quem mais queira comemorar, se soltar.
Quem vivenciou as sete edições anteriores da Flica viu, ouviu e sentiu emoções inesperadas, conviveu de perto com intelectuais ilustres de outras terras e nações, ao mesmo tempo com uma população entusiasmada, envolvida na Festa e no propósito de bem receber a todos.
Não só realizar outras edições tornou-se inevitável, anseio comum de realizadores, moradores de Cachoeira, público que viu de perto ou de longe, pela imprensa e internet, como está sacramentado: como qualquer festa que se preze, a Flica será anual, sem ano para acabar, quiçá eterna.
Quem dá a festa, literalmente, pois não se cobra pelo acesso às mesas de debates, são nossos apoiadores e patrocinadores. Quem curte é você, convidado de honra por nós a conferir que, ao contrário do clichê divulgado, escritor gosta mesmo é de festa, daí o sucesso das festas literárias, daí o excepcional encanto da festa literária em Cachoeira, cidade nascida para abrigar o mais animado evento do gênero.
Fonte: Rádio Web Olha a Pititinga