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Homenageada na 9ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que será realizada entre 24 e 27 de outubro, na cidade do recôncavo baiano, a escritora baiana Gláucia Lemos afirmas que o evento é um patrimônio do povo.
“Ganhou uma importância muito grande, para a Bahia e para o Brasil.
É um evento internacional, que valoriza a cultura, valoriza o povo, os autores, que às vezes não têm oportunidade. Importante também para Cachoeira, encerrou”, disse.
A escritora, que já participou da Flica em outras edições, destacou que a homenagem na edição deste ano 2019 vem em um momento muito importante da sua carreira.
“Agosto passado fez 40 anos do meu primeiro livro, coincidiu com a homenagem. Estou muito feliz. É uma grande alegria para mim, um grande presente quanto fui convidada por Kátia [curadora Flica] e Mirdad [Emmanuel Mirdad, coordenadora geral da Flica]”, afirmou.
Ela comemora, em 2019, 40 anos da sua primeira obra publicada, o seu livro de contos Era uma vez uma rosa que virou mulher, ilustrado pela própria autora.
Além das homenagens durante a Flica, Gláucia Lemos está programada para falar ao público no dia 26 de outubro, às 20h, na mesa “Contemplação, criação e mergulhos”, com mediação do escritor Carlos Ribeiro.
Para Kátia Borges, curadora da Flica 2019, a escolha de Gláucia Lemos como homenageada é uma homenagem a todos os autores baianos.
“Por sua versatilidade, talento e persistência, ela representa a literatura em nosso estado. O fato de ela estar completando 40 anos em atividade literária ininterrupta, atuando em diversas vertentes, da prosa à poesia, é a prova do acerto dessa escolha, já que nós desconhecíamos essa feliz coincidência, ao pensarmos nela como autora homenageada da Flica 2019”, diz.
Gláucia é baiana de Salvador e membro da Academia de Letras da Bahia desde 2010. Graduada em Direito pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal) e pós-graduada em Crítica de Arte pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização em Estética, também estudou música e arte e lecionou História da Arte e Estética na Escola de Belas Artes de Maceió, Alagoas.
No jornalismo, foi colunista do mensário A Bahia e também colaborou com o jornal A Tarde, o Diário de Notícias, Jornal da Cidade, Gazeta de Alagoas, Jornal da Crítica e Tribuna da Bahia, sempre com ensaios, resenhas, artigos e matérias literárias.
Publicou o primeiro livro de contos em 1979, “Era uma vez uma rosa que virou mulher”, também ilustrado pela autora, em edição da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Desde então, já são 35 títulos, 21 deles infanto-juvenis, que a projetaram como uma das principais autoras do gênero na literatura brasileira.
Em sua obra também consta outros livros de contos, antologias, novelas, ensaios, poemas, poesias infantis e quatro romances premiados. Em 2013, publicou seu livro “Marce”, pela Solisluna Editora.
Fonte: Blog do Valente