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Pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), divulgaram nesta quinta-feira, dia 17, o resultado de um estudo que determinou o ponto de origem do despejo de óleo que tem atingido a costa do Nordeste desde o final de agosto.
De acordo com a pesquisa, realizada com uma simulação de computador, tal região estaria localizada em uma área entre 600 km e 700 km da costa brasileira, em uma faixa de latitude com centro na fronteira entre Sergipe e Alagoas – o ponto central da área situa-se em águas internacionais.
Os cientistas Luiz Landau e Luiz Paulo Assad, a pedido da Marinha, simularam um modelo matemático de correntes marinhas no Atlântico e cruzaram os dados com o mapa de manchas de óleo encontradas na costa nordestina. Invertendo o sentido temporal do modelo de computador, a partir dos pontos de destino do óleo fragmentado, chegaram a uma estimativa sobre sua origem.
“A gente estava interessado em entender a origem desse descarte ou vazamento de óleo”, afirmou Landau ao jornal O Globo.
“A gente já encerrou essa parte da análise, que já foi entregue para a Marinha. Na semana que vem vamos começar a trabalhar em tentar entender como vai ser a dispersão do óleo daqui para frente”, completou.
A estimativa da provável origem do vazamento não pode ser rastreada a uma área menor, segundo os pesquisadores, já que há a dificuldade de determinar a data e o local exato de destino de cada mancha no litoral nordestino.
“Além disso, existe muita incerteza com relação à trajetória do óleo, porque ele correu abaixo da superfície, o que dificulta muito a analise”, disse Assad. “Não sabemos quanto tempo esse óleo demorou para “intemperizar”, ou seja, sofrer processos de mudanças da características físico-químicas para entrar abaixo na coluna d’água”, concluiu.
Fonte: Blog do Valente