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Com presença confirmada no clássico entre Santos e São Paulo, no sábado (16), na Vila Belmiro, o presidente Jair Bolsonaro não deverá assistir aos 90 minutos do clássico paulista, válido pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Isso porque a equipe de segurança do político estuda a possibilidade de entrar com ele no estádio com a partida já em andamento. Colocado em um camarote reservado à presidência do clube, ao lado do mandatário alvinegro José Carlos Peres, Bolsonaro também deverá sair antes do apito final, para tentar evitar tumultos no estádio.
A estratégia é diferente da adotada em sua aparição na partida entre Palmeiras e Botafogo, há pouco mais de um mês, pela 25ª rodada da competição, no estádio do Pacaembu, quando chegou ao local com uma hora de antecedência.
O plano é que Bolsonaro pouse de helicóptero no campo da Portuguesa Santista, que fica a menos de 1km de distância da Vila Belmiro.
No estádio santista, existe a possibilidade de que entre de carro no ginásio, evitando uma ação de risco ao caminhar pelas ruas, e ser encaminhado até o camarote.
Antes mesmo da confirmação por parte do presidente, uma parcela da torcida do Santos se mobilizou contrária à vinda de Bolsonaro. O assunto chegou a ser o mais comentado no Brasil no Twitter na última quarta-feira (13) com os dizeres “#BolsonaroNaVilaNão”.
A ideia da visita iniciou com o contato entre um de seus assessores e a auxiliares do presidente do Conselho Deliberativo do clube, Marcelo Teixeira, gestor do Santos entre 2000 e 2009. Ele diz que agiu como um interlocutor, apenas repassando o desejo à administração santista, responsável pelas conversas.
A rejeição à passagem do político pelo estádio também se estendeu oficialmente a uma das principais torcidas organizadas do clube, a Torcida Jovem.
“Repudiamos o palanque político que essa visita significa e reforçamos que os posicionamentos ideológicos de Bolsonaro são incompatíveis com a pluralidade social, racial, étnica e cultural da torcida santista e de toda história de luta da Torcida Jovem contra a ditadura militar, enaltecida por esse político”, disse a torcida em nota.
Fonte: Varela Notícias