Foto: Evaristo Sá/AFP |
A Assembleia Legislativa da Bahia aprovou, por unanimidade, na última sessão plenária da Casa em 2019, na terça-feira (17), a entrega da Comenda 2 de Julho ao advogado e jornalista Glenn Edward Greenwald.
Proposta pelo deputado Robinson Almeida, a honraria homenageia o profissional responsável pelo site Intercept Brasil e pela série de matérias publicadas conhecida como “Vaza Jato”.
A data de entrega da Comenda, contudo, ainda vai ser definida com o cerimonial da Alba em 2020. "A Comenda 2 de Julho, maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia, é merecida para Glenn por sua importante contribuição à democracia no Brasil denunciando diversas ações de espionagem contra nosso país e o trama envolvendo o Juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato para interferir no processo político e eleitoral de forma ilegal, criminosa e escandalosa", afirmou Robinson.
A Comenda 2 de Julho faz referência a data símbolo da independência do Brasil na Bahia. Glenn Greenwald trabalhou em importantes veículos de comunicação no mundo, como o The Gardian, onde publicou uma série de matérias em que revelou detalhes dos programas de vigilância global desenvolvidos pelo governo norte-americano, que incluíam a interceptação de comunicações e do tráfego de informações na rede. Entre as vítimas interceptadas pelos EUA, diversas empresas brasileiras, como a Petrobrás, e a então presidente Dilma Rousseff.
Entre outras premiações relacionadas ao jornalismo investigativo, Greenwald recebeu, em 2014, o Pulitzer de jornalismo, o mais importante dedicado à categoria no mundo, e o Prêmio Esso de Reportagem, esse por artigos publicados no jornal O Globo acerca do sistema de vigilância virtual dos Estados Unidos em território brasileiro.