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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) resolveu visitar o Farol da Barra, um dos principais e tradicionais pontos turísticos da capital baiana, na manhã de ontem. Um forte aparato de segurança foi montado às pressas para receber a principal autoridade da nação. Carros da Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, além de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), estiveram no local.
O Farol é um local da capital baiana que se tornou palco principal de manifestações bolsonaristas na cidade. A maioria dos atos foi convocada pelo Movimento Brasil Livre (MBL). Para Siqueira Costa Júnior, porta-voz do grupo na Bahia, Bolsonaro demonstrou sua popularidade ao aparecer no local. "É o primeiro presidente que visitou o Farol da Barra como turista", destacou à Tribuna. No âmbito nacional, o MBL tem tentado descolar da imagem do presidente.
"Nós apoiamos pautas e não o presidente. Enquanto o presidente tiver pautas convergentes com o movimento, como reformas e avanços na economia, e também na área de justiça, ele terá o apoio do MBL. Essa questão do juiz de causa, por exemplo, a gente não apoia. Tanto que o ministro Sergio Moro se posiciona contra", ressalta. "A ida de Bolsonaro para a Barra é emblemática porque foi o local de manifestações contra a esquerda e contra a corrupção no Brasil", completa.
Durante a visita, Bolsonaro entrou no Forte de Santo Antônio da Barra, primeira edificação militar do Brasil, construída em 1534, antes mesmo da fundação da capital baiana, em 1549, e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O presidente foi até o topo da torre. O conjunto do Forte e seu Farol transformaram-se em um dos mais conhecidos cartões postais do Brasil. É administrado pela Marinha, abriga também o Museu Náutico da Bahia, um bar e biblioteca.
O presidente foi aplaudido por apoiadores que se aglomeraram no local, cumprimentou e tirou fotos com as pessoas.
A Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) informou que Bolsonaro visitaria o local a pedido da filha, Laura, 9 anos, mas a menina não foi vista.
O maior desafio de 2020 de Bolsonaro, além de governar e estabelecer um mínimo de relação com o cada vez mais hostil Congresso Nacional, será conseguir o máximo possível de assinaturas para conseguir criar o partido Aliança Pelo Brasil a tempo das próximas eleições municipais.
Na Bahia, o movimento atualmente continua sem comando, mas sendo puxado principalmente pelos vereadores Cezar Leite (PSDB) e Alexandre Aleluia (DEM). Procurado pela Tribuna, o tucano afirmou que não estão previstas reuniões entre o presidente e bolsonaristas baianos para tratar do assunto.
Os apoiadores do novo partido devem iniciar o processo de coleta de assinaturas na Bahia agora em janeiro e a principal ação acontecerá na Lavagem do Bonfim.
No sábado último fim de semana, a legenda anunciou em seu perfil oficial no Twitter que chegou a mais de 100 mil aliados. Isso significa que mais de 100 mil pessoas acessaram o site do partido e preencheram a ficha necessária para se aliar. Para conseguir o registro formal no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ter direito a disputar as eleições de 2020, o Aliança pelo Brasil precisa de 492 mil assinaturas. Elas precisam ser coletas e validadas pela Justiça Eleitoral até o dia 4 de abril do ano que vem.
Fonte: Tribuna da Bahia