Foto: Reprodução |
Os últimos aplausos não foram no Centro Cultural de Plataforma, onde o dançarino Marcos Paulo Santos, 18 anos, costumava se apresentar e, sim, no cemitério municipal de Plataforma, onde foi enterrado na manhã desta sexta-feira (06).
O artista foi assassinado na quarta-feira (04), quando retornava para casa, em São João do Cabrito.
A mãe dele, Adenise Reis dos Santos, 43, sequer conseguiu chegar perto do corpo pois estava abalada. Ela acompanhou o velório a uma curta distância ao mesmo tempo que era amparada pela família e amigos. Segundo moradores de Plataforma, Marcos foi mais uma vítima morta pelo tráfico de drogas sem ter relação com o tráfico.
“Ele estava no lugar errado, na hora errada. É preciso que se faça justiça, que a investigação policial puna os culpados para que isso não se repita com outros jovens da comunidade”, declarou o presidente da Associação de Moradores de São João do Cabrito, Alessandro Oliveira.
Além de Marcos, foram baleadas outras duas pessoas, entre elas um rapaz chamado Paulo, o Paulinho, amigo da vítima.
De acordo com moradores, ele foi atingido nas nádegas e permanece internado no Hospital de Subúrbio.
Testemunhas disseram há uma semana que traficantes da facção Bonde do Maluco (BDM) passaram de parceiros a inimigos. A briga interna é entre o grupo que controla o tráfico na Rua do Mocotó e Rua da Areia, situadas no final de linha de Plataforma e o grupo da Rua dos Ferroviários, em São João do Cabrito.
O líder da facção, Zé de Lessa, foi morto pela polícia no Mato Grosso do Sul.Em nota, a Polícia Civil informou que equipes da 3ª Delegacia de Homicídios - BTS investigam a autoria e motivação da morte de Marcos e as duas tentativas de homicídios em São João do Cabrito. “Conforme informações preliminares, os disparos foram efetuados de dentro de dois veículos. Policiais da 3ª DH / BTS realizam diligências para identificar e prender os autores”, complementa a nota.