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O óleo continua atingindo o litoral brasileiro e, nos últimos dias, alcançou a milésima localidade, o município de Pacatuba, no Sergipe.
O petróleo que ainda mancha as praias chega em pedaços menores e esparsos, quando comparado às grandes manchas que se acumulavam principalmente no litoral nordestino no segundo semestre de 2019.
Segundo informações do Ibama, 1.004 localidades no Nordeste e Sudeste brasileiros foram atingidas, desde 30 de agosto de 2019.
No momento, 434 locais apresentam vestígios esparsos de óleo.
No fim de novembro, logo após as manchas chegarem ao estado do Rio de Janeiro, o óleo começou a atingir os locais em menores quantidades, após meses de voluntários, funcionários de prefeituras e militares recolhendo manualmente óleo das praias.
Com o óleo que não parava de chegar ao litoral, os voluntários, que em muitos casos não usavam proteção adequada para lidar com a retirada de petróleo, relatavam o estresse e o esgotamento mental pelo trabalho dos mutirões.
A ação do governo Jair Bolsonaro na crise do óleo foi bastante criticada por especialistas e pela própria população, principalmente no Nordeste, região mais afetada do país. Pesquisa Datafolha mostrou que 42% da população considera que Bolsonaro teve desempenho ruim ou péssimo ao lidar com o vazamento.
Como a Folha de S.Paulo mostrou, em abril de 2019, o presidente Bolsonaro extinguiu comitês que integravam o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Água (PNC). Segundo especialistas, tal extinção pode ter ajudado na desorganização das ações governamentais para lidar com o problema.
Além disso, o PNC possuía um manual para determinar o acionamento ou não do plano.
A partir do manual, é possível ver que o governo demorou a tomar atitudes quanto ao desastre.
O primeiro pronunciamento em rede nacional feito pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ocorreu somente 55 dias após início das manchas. Salles chegou a associar a ONG Greenpeace à crise do óleo.
Até agora, ainda é desconhecida a origem do petróleo que continua a atingir o Brasil.
No meio da crise, a PF (Polícia Federal) chegou a apontar um navio grego como principal suspeito pelo vazamento. O relatório usado pela PF para chegar ao navio tinha sido produzido por uma empresa e sido rejeitado pelo Ibama, que encontrou inconsistências no mesmo.
Fonte: Bahia Notícias
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