Sesab prepara plano de ação para atuar em casos de infecções por coronavírus

Foto: Reprodução
Cerca de um mês depois da descoberta do coronavírus na China, que já deixou mais de 560 pessoas, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) prepara um plano de ação para atuar em casos de infecções suspeitos e confirmados no estado.

O secretário Fábio Vilas-Boas revelou ao bahia.ba que deve ser homologado o documento construído de maneira colaborativa com o conselho dos secretários municipais de saúde. A proposta é dividida em quatro eixos: vigilância e saúde, assistência ao paciente, comunicação e gestão.

A coordenadora de Imunizações e Vigilância de Doenças Imunopreviníveis, Akemi Erdens, em linhas gerais o plano trará orientações em relação à prevenção, precaução padrão – como o paciente deve ser manejado dentro da unidade, por exemplo, tendo que ser separado dos demais pacientes por causa do modo de transmissão. Algumas reuniões devem acontecer ainda nos próximos dias para definir o fluxo de coleta de amostra, o manejo clínico do paciente e quais hospitais serão considerados de referência para tratar a infecção no interior do estado.

Em Salvador, o Hospital Couto Maia já é referência no tratamento especializado de doenças infectocontagiosas. “As unidades precisam ter esse espaço, estarem equipadas com equipamento de proteção individual. (…) Uma das coisas importantes é deixar claro que o paciente com coronavírus pode cursar tanto um grau leve, moderado ou grave. A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação.

Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital”, explica a especialista. Apesar do plano específico em construção, Akemi explica que se algum caso for suspeito ou até mesmo confirmado hoje, poderá ser aplicado o protocolo adequado à influenza.

A vigilância para essa infecção já está estruturada, com fluxos bem definidos, e pode ser utilizado porque ambos os vírus possuem características parecidas. “Sendo doença respiratória, já segue o fluxo parecido de influenza e síndrome respiratória. O SUS já tem condição de abordar esses casos”, acrescentou.

Fonte: Voz da Bahia 
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