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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avisou a membros de sua equipe que não vai mais participar de eventos públicos e aglomerações com o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido). O estopim do desconforto foi a participação em Goiás, onde eles estiveram presentes em eventos de inauguração de unidades de saúde.
De acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, o ministro fez críticas ao acúmulo de pessoas, dizendo que seu recado vale para todos os brasileiros.
Antes do episódio, Bolsonaro e Mandetta tiveram mais um capítulo da guerra fria que protagonizam nos bastidores, envolvendo o pronunciamento da última quarta-feira (8).
Auxiliares apontaram que os dois estiveram juntos antes de Bolsonaro gravar o discurso que iria para a TV naquela noite e disse que falaria apenas do auxílio emergencial. Mandetta ofereceu sua ajuda para qualquer dúvida médica. No entanto, Bolsonaro disse não ver necessidade.
Horas mais tarde, o pronunciamento foi ao ar, com Bolsonaro defendendo a cloroquina e elogiando o médico Roberto Kalil, por ter admitido o uso do remédio no tratamento do coronavírus.
A fala foi encarada no Ministério da Saúde como uma tentativa de provocação do presidente, como uma iniciativa para provar autoridade.
Na última segunda-feira (6), no auge da crise no governo, o ministro Mandetta foi duro em seu recado na reunião-geral de ministros, de acordo com participantes. Ainda segundo a coluna, o chefe da pasta da Saúde declarou não haver mais necessidade de um teatro que estava sendo criado pelo presidente e disse que o certo seria demiti-lo, em vez da situação que estava sendo criada, de fritura pública.
Fonte: Metro 1