Bolsonaro 'estimula divisão entre pessoas’; Collor critica mudanças no Ministério da Saúde

Foto: Reprodução
Após a eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República, os atos do político estimularam a divisão entre as pessoas, no entendimento do ex-presidente Fernando Collor de Mello (Pros). Em entrevista a Mário Kertész, o senador por Alagoas afirmou que esse movimento é propício para a disseminação do ódio. “São manifestações que afastam as pessoas num momento em que nós precisamos estar unidos.

Nós, sociedade brasileira, entidades, instâncias e governos, poderes, temos que estar unidos no combate a uma pandemia dessa gravidade e desse alcance planetário. Não podemos estar nos dividindo entre coisas pequenas diante dessa pandemia. É fundamental que aquele que esteja no comando proponha um programa de união nacional. Hoje não há maior projeto do que a união do Brasil contra o coronavírus.

O que estamos assistindo é o contrário. Estamos vendo o presidente da República tomando atitudes, estimulando aglomerações quando o mundo da ciência, a OMS [Organização Mundial da Saúde] e o próprio ministro, menos esse novo [Nelson Teich] que até agora não disse a que veio”, afirmou. A troca de comando no ministério da Saúde também foi alvo de comentário do ex-chefe do Palácio do Planalto.

Na última semana, após diversos atritos – entre eles a estratégia de isolamento social – Bolsonaro defenestrou Luiz Henrique Mandetta da Esplanada dos Ministérios e deu posse ao oncologista Nelson Teich na pasta da Saúde. Desde a posse, o novo integrante do governo não deu entrevista sobre o combate à pandemia do novo coronavírus. Nos bastidores, especulam que o número 2 do ministério, o general Eduardo Pazuello, vai comandar a parte operacional. Já Teich, comandaria a área técnica. “Me preocupa o novo ministro da Saúde, que com Mandetta estava caminhando bem e nos sentíamos seguros.

O novo não disse ainda para o que veio. É preciso que ele assuma de fato as ações do ministério e das ações. O número dois parece que será indicado um general que será esse número dois. Mas como será esse operacional, que deverá ficar a cargo disso, enquanto o ministro ficar com a área técnica? Não tem como dar certo. Tem que haver um comando único do presidente. O certo seria dar o comando já ao Pazuello. Vai haver uma dicotomia e uma dispersão em prejuízo ao combate ao coronavírus”, projetou.


Fonte: Metro 1
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