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O advogado da família de Sarí Corte Real, patroa da mãe do menino Miguel, divulgou, nesta sexta-feira (5), uma carta em que Sarí pede perdão à empregada doméstica Mirtes Renata, mãe da criança.
Miguel morreu após cair de uma altura de aproximadamente 35 metros em um prédio de luxo localizado na área central do Recife, na última terça-feira (2). "Como mãe, sou absolutamente solidária ao seu sofrimento", escreveu a patroa.Na ocasião da queda, Miguel estava sob os cuidados de Sarí, primeira-dama da Prefeitura de Tamandaré, também em Pernambuco.
A patroa foi indiciada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e agora responde em liberdade após pagar fiança de R$ 20 mil. O conteúdo foi liberado à TV Globo pelo advogado Pedro Avelino.
Também na tarde desta sexta-feira, movimentos sociais organizaram um ato em frente ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), na área central da capital pernambucana, para pedir justiça pela morte da criança.
Por volta das 14h, o grupo saiu em direção às "Torres Gêmeas", como é conhecido o Condomínio Píer Maurício de Nassau, onde Miguel caiu.
Vestindo roupas pretas e de máscaras, os manifestantes entoaram "Justiça por Miguel" várias vezes. Pouco antes das 14h, aproximadamente 150 pessoas, incluindo crianças, estavam presentes."São vários movimentos sociais participando do ato, pessoas comuns, que se solidarizaram com a morte da vítima, por conta da estrutura do contexto que é o racismo social.
E se fosse ao contrário? Como a mãe mesmo diz, e se fosse ela?", comentou o coordenador do Movimento Negro Unificado (MNU), Jean Pierre, uma das entidades que organizaram o protesto.
Os participantes do protesto levaram vários cartazes e flores em homenagem ao menino. "E se fosse ao contrário? #JustiçaPorMiguel", "Justiça para Miguel e sua família", "Nós crianças negras queremos viver", "E do filho da empregada quem cuida? #JustiçaPorMiguel", destacavam alguns dos cartazes.
Fonte: Correio da Bahia