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Mais de um milhão de endereços continuam sem energia elétrica no Sul do país depois que um “ciclone bomba” atingiu a regiões nessa terça-feira (30). Pelo menos seis pessoas morreram, cinco em Santa Catarina e uma no Rio Grande do Sul.
Os ventos, que chegaram a 120 km/h, também atingiram cidades do Paraná.
De acordo com a Defesa Civil de Santa Catarina, uma idosa de 78 anos morreu após a queda de uma árvore em Chapecó. Em Santo Amaro da Imperatriz, um homem foi eletrocutado ao ser atingido por fios de alta tensão e não resistiu. Tijucas também registrou três mortes.
Um outro homem de 59 anos morreu em Iolhota e uma pessoa de Brusque está desaparecida.
Somente em Florianópolis, capital catarinense, foram registradas 272.175 interrupções de energia. Blumenau foi a segunda região mais afetada, com 192.764 cortes de distribuição.
No Rio Grande do Sul, um homem de 53 anos morreu soterrado em Nova Prata, na região serrana, durante temporal. Vanderlei Oliveira trabalhava em uma construção perto de um barranco quando houve um deslizamento.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja na tarde de ontem para ventos fortes na região Sul do Brasil até esta quarta-feira (1º).
A Marinha também informou que os efeitos do ‘ciclone bomba’ poderão atingir outros estados além da região Sul do país.
De acordo com o comunicado, ventos de até 88 km/h podem chegar à faixa litorânea entre os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, ao sul de Arraial do Cabo, até a noite desta quarta.
Em entrevista o meteorologista da Climatempo André Madeira explicou a formação deste fenômeno natural. Segundo ele, a ocorrência, que gera ventos de até 100 km/h, faz parte de “sistemas relativamente comuns” para esta época do ano na região Sul.
“São relativamente comuns nesta época do ano, e ocorrem aqui, no litoral do país, na região Sul, principalmente entre maio e setembro. São áreas de baixa pressão que, geralmente, se formam associados à uma frente fria.
Também há a possibilidade de neve na Serra Gaúcha na quinta-feira (2)”, disse.
“O interessante dele é que o vento gira em torno de centros de baixas pressões no sentido horário, tornando os ventos muito intensos. Uma particularidade dele é que ele tem uma baixa queda de pressão no curto espaço de tempo, por isso este nome”, acrescentou ele.
Madeira explicou ainda que uma das consequências causadas por este ciclone é a formação de ondas, com agitação do mar no litoral do Sul e Sudeste. “Em todo litoral são esperadas ondas de cinco a seis metros. Algo como assoprar uma bacia cheia d’água”, exemplificou.
Fonte: CNN Brasil