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Desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e testada no Brasil, a vacina contra a Covid-19, poderá ter o registro liberado em junho de 2021. A informação foi confirmada pela reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraia Smaili, em entrevista à GloboNews.
Ao todo, 50 mil pessoas participam dos testes em todo o mundo, sendo 10% delas no Brasil: 2 mil em São Paulo, 2 mil na Bahia e outras 1 mil no Rio de Janeiro.
O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Unifesp coordena a aplicação da vacina em São Paulo, que começou em junho com voluntários da área da saúde.
“Com a quantidade de pessoas que estão recebendo a vacina no mundo, é possível que tenhamos resultados promissores no início do ano que vem e o registro em junho”, afirma Soraia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou a vacina de Oxford como a mais adiantada no mundo e, também, a mais avançada em termos de desenvolvimento. Um dos centros que testa essa vacina é coordenado por uma brasileira, a cientista Daniela Ferreira, doutora pelo Instituto Butantan.
Neste estágio, parte dos voluntários recebe a vacina e serão acompanhados por um ano: parte recebe placebo, sem que saibam em que grupo estão inseridos, o que é conhecido como “duplo-cego”.
De acordo com balanço feito pela OMS, em 14 de julho, há 163 vacinas sendo testadas contra o coronavírus, sendo que 23 delas estão na fase clínica, que é o teste em humanos.
Apesar de estar em estado avançado, Smaili explica que é preciso respeitar o tempo do estudo da vacina de Oxford. Ela precisa mostrar os resultados, pelo menos, dos 6 primeiros meses. Juntando todos os resultados, eles poderão ter o registro em 12 meses, o que corresponde a junho de 2021.
Fonte: A Tarde