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Imagens registradas por satélite identificaram uma mancha de petróleo que pode ser de um vazamento de óleo no Golfo da Guiné, na África. Pesquisadores do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) acreditam que a descoberta pode ser a origem do derramamento de mais de cinco mil toneladas de petróleo que atingiu as praias do Nordeste, no ano passado.
Segundo o estudo, com as correntes oceânicas, o material poderia ter vindo parar na costa brasileira. A mancha detectada tem 433,22 km2 e está a aproximadamente 200 km da costa do país de Camarões. Essa é uma região de exploração de petróleo e tráfico intenso de navios.
De acordo com O Globo, ali existe uma confluência de correntes, que são sazonais e têm maior intensidade entre julho e setembro, saindo da Guiné e chegando ao Rio Grande do Norte.
Elas poderiam ter trazido o óleo para a costa do Nordeste, explicou o metereologista Humberto Barbosa.
Em dezembro de 2019, os cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) já haviam aventado a possibilidade de que o óleo teria vazado no sul da África, sendo trazido para o Brasil através das correntes marítimas do Oceano Atlântico. Essa hipótese, que contrariava as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) não foi, porém, sustentada por muito tempo.
Não podemos afirmar que o petróleo que chegou aqui veio dos vazamentos na África, mas é certo dizer que havia um derramamento constante naquela região, no período em questão, no ano passado.
Prestes a completar um ano, o desastre ambiental na costa brasileira ainda não teve responsáveis identificados e punidos pelo governo federal.
Fonte: Agência Petrobras