Fotos: Leitor Repórter DdN |
Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) neutralizaram e desativaram uma granada no início da tarde desta sexta-feira (2), na varanda de uma residência situada na Rua Joaquim Nabuco, no bairro Rocinha, em Feira de Santana.
Ao Acorda Cidade, o Sargento Cidreira, que tem experiência de 16 anos com este trabalho no Bope, informou que levou entre 20 a 25 minutos com o procedimento. Também participaram da operação policiais da 64ª e 66ª Companhias Independentes da Polícia Militar (CIPMs) e uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Além da granada, na residência havia diversas marcas de tiros. Os policiais conversaram com a proprietária que alegou não saber quem jogou o artefato, nem quem efetuou os disparos durante a madrugada.
“Aqui na rua, durante a madrugada, a senhora nos contou que ouviu vários disparos de arma de fogo, todos contra a residência dela. Ela disse que não ia levantar porque não sabia exatamente o que estava acontecendo, e que iria aguardar mais pessoas chegarem ao local. Somente pela manhã foi que ela levantou e viu que a frente da casa estava toda crivada de balas e encontrou um artefato estranho. Ao chamar um vizinho, descobriu se tratar de uma granada. Os indivíduos jogaram esse artefato na residência dela. Por algum motivo não detonou. O Bope foi acionado para fazer o correto manuseio e retirada do artefato. Ela alega não saber quem jogou o material, nem quem efetuou os disparos”, relatou ao Acorda Cidade o Sargento Brito do Pelotão de Emprego Tático Operacional da 66ª CIPM - Peto 66.
De acordo com o Sargento Brito, a mulher mora sozinha, porém uma neta chegou recentemente de São Paulo e estava com ela. A polícia investiga o motivo do atentado.
O Sargento Cidreira parabenizou os policiais envolvidos na operação e contou como foi o procedimento.
“Parabenizo os policiais que assim que chegaram e identificaram um material que não faz parte de sua rotina e precisando de técnicos para fazer a neutralização ou destruição deste material, fizeram o uso do isolamento, por sinal muito bom, evitando com que pessoas se aproximassem do local, para evitar um dano maior na vida das pessoas ou lesões. Em seguida mantiveram o contato com nossa unidade que está pronta para atender toda a Bahia. Utilizamos de técnicas e equipamentos adequados, fizemos essa neutralização e a destruição deste material explosivo. O artefato não foi programado para ter uma explosão, porque ele não tinha recursos tecnológicos para isso, mas já tinha sido acionado e corria o risco de, a qualquer momento, com um movimento, explodir. O artefato precisa de um procedimento técnico para fazer uso, e é de uso restrito das forças armadas. É utilizado para guerra e poderia causar mortes e destruir a residência”, explicou.
Ele informou também que além de especializada a tropa usa um traje antifragmentação que pesa cerca de 38 kg e um braço robótico para fazer a remoção do material explosivo. A operação terminou por volta das 12h10. Com informações dos repórteres Ed Santos e Aldo Matos do Acorda Cidade.