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"O grande estado da Bahia teve seu mapa esquadrinhado por campanhas de vacinação e castração. Fazia em áreas públicas com enorme divulgação, a procedimento veterinários por preços módicos. Em um ano eleitoral, eleitores da Bahia tiveram acesso gratuito a serviços caros, sempre com a imagem do deputado e nome do deputado estadual. É patente o caráter do abuso e da desigualdade. Distribuir uma benesse que custa R$ 1 mil reais por R$ 53 reais", pontuou o vice-procurador Geral da República, Humberto Jacques, representando o Ministério Público Eleitoral.
A defesa de Marcell pontuou que o mero exercício filantrópico, antes até do período de campanha não geram abuso de poder. "Em nenhum os serviços foram gratuitos. Não há provas cabais que os eventos eram financiados pelo recorrido. Se baseia no depoimento de uma única testemunha. Não houve gravidade para desequilibrar o pleito eleitoral", pontuou o advogado.
Votaram a favor do recurso e pela cassação os ministros Sérgio Banhos, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell, Tarcísio Vieira e o presidente da Corte Luis Roberto Barroso.
OTSE julgou o recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE) contra decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) que absolveu Marcell em ação de investigação judicial eleitoral por abuso de poder econômico.
DEPUTADOS NA BERLINDA
Em 2020 já foram cassados 3 deputados estaduais. Além de Marcell, Targino Machado (DEM), também foi cassado pelo TSE. Além deles, Pastor Tom também foi alvo de cassação, por não preencher a ficha de filiação partidária no momento de registrar a candidatura e também por não comunicar oficialmente à Justiça Eleitoral que tinha outro mandato, à época, como vereador em Feira de Santana.
Fonte: BN