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Agora, o texto será analisado pelo Senado.
A proposta aprovada na Câmara é um substitutivo da deputada Shéridan (PSDB-RR) ao PL 1369/2020.
A matéria estabelece como crime o ato de “perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”.
O projeto também determina que a pena será aumentada em 50% se o crime for cometido contra criança, adolescente ou idoso, ou contra mulher devido à condição do sexo feminino — como ocorre no crime de feminicídio, por exemplo.
O texto prevê ainda uma pena maior caso houver participação de duas ou mais pessoas, ou se houver uso de arma.
Além da tipificação do crime de stalking, o projeto anula um trecho sobre circunstâncias atenuantes no Código Penal, que considera a idade, o desconhecimento da lei e outros fatores para reduzir a pena de quem é julgado.
Em seu relatório, Shéridan destacou que o stalking, especialmente o realizado pelas redes sociais, tem o poder de cercear a liberdade e a integridade das vítimas. “Estes delitos causam inúmeros transtornos à vítima que passa a ter a vida controlada pelo delinquente, vivendo com medo de todas as pessoas em todos os lugares que frequenta, um verdadeiro tormento psicológico”, afirmou.
O texto havia sido aprovado pelo Senado em novembro de 2019, mas, com o substitutivo da Câmara, será analisado novamente pelos senadores. Em caso de nova aprovação, o projeto será encaminhado para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro.
Fonte: Terra