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Mas a crise educacional causada pela pandemia tem feito com que os professores sejam apontados como os próximos na lista, destaca o Estadão.
Disputas políticas e a falta de um real plano nacional para a vacina, no entanto, devem fazer com que os profissionais da educação – e todos os outros que não podem fazer home office e são fundamentais para a sociedade funcionar – não sejam vacinados tão cedo.
Na programação do Ministério da Saúde, que foi entregue sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), os professores de ensino básico e superior entrariam na quarta fase da campanha. São 2,3 milhões, o maior grupo entre os 3,2 milhões de profissionais essenciais. Incluem ainda policiais, bombeiros e funcionários do sistema carcerário. Não há data para receberem a vacina.
No plano do Estado de São Paulo, não existe menção aos professores, mas o Estadão apurou que integrantes do próprio governo têm pedido a priorização. A vacina permitiria uma volta às aulas presenciais mais segura e efetiva. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, eles podem ser vacinados ainda no primeiro semestre.
Entre os principais objetivos da imunização para covid, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estão a redução de mortes e a continuidade dos serviços essenciais em um país.
A OMS não fez um ranking sobre quais grupos devem ser vacinados antes. Só listou prioridades: idosos, pessoas com comorbidade, as que vivem em residência de longa duração, trabalhadores da saúde e da indústria alimentícia, professores, policiais, motoristas de transporte público, líderes governamentais.
Ficou para os países a tarefa de escolher os primeiros da fila.
A maioria colocou idosos e profissionais de saúde na frente. A primeira pessoa vacinada no Reino Unido foi Margaret Keenan, de 90 anos. Professores e outros trabalhadores estão na segunda fase britânica. A Rússia foi a única, por enquanto, a incluir os docentes na primeira etapa. Nos Estados Unidos, com a aprovação da vacina da Pfizer na sexta-feira, são esperadas as novas recomendações sobre prioridades. Profissionais de saúde e moradores de instituições para idosos devem vir primeiro. Educadores pressionam para serem os próximos.
Fonte: O Estado de S. Paulo