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A declaração ocorre quando uma equipe da OMS (Organização Mundial da Saúde) se prepara para viajar a Wuhan em janeiro para fazer pesquisas sobre as origens do vírus SARS-CoV-2.
O remoto distrito de Tongguan, na província de Yunnan, sudoeste da China, é, na melhor das hipóteses, de difícil acesso. Quando tentamos visitá-lo recentemente, não conseguimos.
Policiais à paisana e em carros não identificados nos seguiram por quilômetros ao longo de estradas estreitas e acidentadas, parando quando parávamos e nos acompanhando quando fomos forçados a dar meia-volta.
Encontramos obstáculos em nosso caminho, incluindo um caminhão “quebrado”, que os moradores confirmaram ter sido colocado do outro lado da estrada alguns minutos antes de nossa chegada.
E nos deparamos com postos de controle onde homens não identificados nos disseram que seu trabalho era nos manter distantes dali.
À primeira vista, tudo isso pode parecer um esforço desproporcional dado o nosso destino pretendido, uma mina de cobre abandonada e indefinida onde, em 2012, seis trabalhadores sucumbiram a uma doença misteriosa que acabou ceifando a vida de três deles.
Mas a pandemia de covid-19 deu um novo significado a essa tragédia, que quase certamente teria sido amplamente esquecida.
Essas três mortes estão agora no centro de uma grande controvérsia científica sobre as origens do vírus e a questão de saber se ele veio da natureza ou de um laboratório.
E as tentativas das autoridades chinesas de nos impedir de chegar ao local são um sinal de como estão se empenhando para controlar a narrativa.
Fonte: Uol