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A ação foi feita na nova etapa da operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (14), contra um suposto esquema criminoso de venda de decisões judiciais.
A artista foi citada na delação premiada de um dos advogados acusados de negociar compras de sentenças.
Ao Ministério Público Federal (MPF), ele denunciou a existência de cinco grupos de atuação no esquema: “Orcrim da desembargadora Lígia Cunha”, “Orcrim da desembargadora Ilona Reis”, “Grupo criminoso do desembargador Ivanilton da Silva”, “Orcrim do desembargador Gesivaldo Britto” e o “Orcrim da desembargadora Maria do Socorro”.
As investigações apontaram que Amanda Santiago apresentou movimentação financeira de mais de R$ 8 milhões no período analisado pelas autoridades, apesar de declarar R$ 1 mil em renda neste mesmo tempo.
O G1 tentou contato com a equipe de Amanda Santiago, mas até a publicação desta reportagem, não obteve êxito nas tentativas.
A análise da movimentação bancária da artista também apontou transferências “vultuosas” para a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, que variavam entre R$ 25 mil e R$ 80 mil, para tentar legitimar o fluxo criminoso entre elas.
Maria do Socorro Barreto Santiago é ré na operação e está presa por envolvimento na organização criminosa.
No documento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi revelado que a desembargadora teria feito o pagamento de um imóvel na Praia do Forte à francesa Marie Agnês, que acusa a ex-presidente de ter se apropriado ilegalmente da casa – uma das parcelas quitadas foi de R$ 275 mil.
Segundo o STJ, Amanda Santiago também teria realizado operações financeira com Adailton Maturino (acusado de ser líder do esquema de venda de sentenças em processos sobre posse de terras no oeste da Bahia) e a esposa, Geciane Maturino, em valores que podem chegar a R$ 1 milhão, fazendo saque de R$ 500 mil para dificultar a vinculação criminosa entre os investigados.
Os outros 34 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Salvador, em outras três cidades baianas — Barreiras, Catu, Uibaí — e um em Brasília (DF).
Fonte: G1